Refletindo um pouco sobre mim, sobre minhas ações e o que estou me tornando depois da maternidade tenho chegado cada vez mais a conclusão que ser mãe tem sido um desafio constante para mim e ao mesmo tempo tenho me tornado uma pessoa melhor. Afinal um intensivão com uma pequeno ser, que requer muitos sacrifícios nossos, muita atenção e dedicação não é moleza não.
Então elenquei 10 motivos porque eu me tornei uma pessoa melhor com a maternidade:
1 – Minha alimentação melhorou: não que eu comesse mal, sempre comi legumes, frutas, verduras mas também muitas porcarias! Com a gravidez dei uma maneirada nas porcarias, na amamentação continuei tentando equilibrar mas quando meu filho começou a introdução alimentar refleti que não queria criar um filho obeso ou com problemas de colesterol por falta de incentivo meu a comer alimentos saudáveis. Então tenho comido bem menos alimentos processados e industrializados, tenho ido muito na onda das frutas e legumes, que é o que o meu bebê mais consome.
2 – Não julgo mais ninguém: já julguei muito os pais em geral quando via alguma cena de birra ou pirraça, mas depois que me tornei mãe, isso mudou bastante. Até porque, temos telhado de cristal! Estou vendo por outro angulo a mesma situação de antes.
3 – Desenvolvi muito mais paciência: eu sou professora do ensino médio, trabalho com adolescentes, mas depois que me tornei mãe, parece que essa paciência triplicou. Ainda estou longe do ideal mais já melhorei bastante!
4 – Penso de forma mais consciente no Planeta que vou deixar para meu filho: sempre me liguei as causas ambientais. Já sou contribuinte de uma ONG que ajuda a preservação da natureza há anos mas depois que meu bebê chegou ao mundo, penso muito como o mundo estará quando ele tiver a minha idade. Será que terá água potável para todos do planeta? E o lixo, como faremos se consumimos cada vez mais? Tenho pensado nisso e tentado me engajar mais nessas questões ambientais.
5 – Desejo um mundo melhor: vivemos em um mundo onde ainda existem guerras, assassinatos, estupros, escravidão e violência contra as minorias (mulheres, homossexuais, negros e índios). Não gostaria que meu filho vivesse em um mundo com intolerância religiosa, étnica ou racial. Penso muito mais sobre isso atualmente e tento de alguma forma introduzir esses assuntos em sala de aula.
6 – Me tornei menos egoísta: eu vivi até os meus 30 anos voltada para mim. Tudo dependia do meu desejo, da minha vontade, dos meus planos pessoais. Aí chegou o Antonio e TUDO mudou. Agora eu estou em segundo plano, e aprendendo muito com isso.
7 – Falo menos palavrão: quando estou com os amigos, familiares e pessoas íntimas, costumo falar palavrões ou até mesmo quando algo sai errado ou estou nervosa. Mas sinceramente, não desejo que meu filho de poucos anos de idade saia por aí falando um monte de palavras com significados fortes sem entender o que ele está querendo dizer. Então estou me policiando para falar menos, bem menos palavrões.
8 – Sou mais solidária: me solidarizo de forma muito mais forte atualmente do que antes da maternidade. Outro dia, vi um bebê de um pouco mais de 1 ano chorando de fome, com a avó na rua. Não contive as lágrimas e só parei de chorar quando entrei no mercado e comprei uma lata de leite para sanar a fome daquela criança. Imaginei meu filho naquela situação.
9 – Meu consumo (coisas para mim) diminuiu: estou comprando bem menos, até porque o foco agora não sou mais eu e sim meu pequeno Antonio. Mas mesmo para ele, tenho consumido de forma racional, utilizando inclusive roupas e brinquedos de terceiros, comprados em brechós ou reutilizado de amigas que tiveram filhos antes de mim.
10 – Sou mais feliz: através dessas pequenas mudanças que citei acima, me sinto tão mais feliz, mais completa. Parece que agora eu tenho um novo motivo para seguir em frente e sorrir, e achar que o mundo pode ser um lugar melhor sim. Por tudo isso e pela existência do meu pequeno que me alegra diariamente eu sou bem mais feliz do que antes de sua chegada.
E vocês e mamães? Se identificaram com alguns dos itens acima? Tem outros itens que não citei? Então conte para a gente!
Lilica.