Quando nasce um filho, nasce una mãe. E eu arrisco a dizer que na maior parte do tempo ela fica em último plano. Ok, faz parte, principalmente nos primeiros meses ( que o bebê requer maior atenção). Mas essa situação de “abandono” da mulher não pode existir por muito tempo.
Apesar de carregarmos culpa de olharmos para nós, para nossas necessidades enquanto mulher, acredito que essa ação se torna essencial para darmos conta da maternidade de forma saudável para nós e nossos filhos.
Às vezes ficamos tanto tempo em segundo plano que já não sabemos mais o que gostamos fazer, o que nos traz alegria sem ser programas com filhos. PRECISAMOS olhar para nós e buscarmos o que podemos fazer por nós enquanto mulher e que nos traz satisfação, felicidade e prazer. Todas nós temos essa necessidade, mesmo que esteja guardada lá no fundo do baú…
O autocuidado não é algo grandioso e demorado. Sabemos que muitas mulheres não tem rede de apoio, a realidade pode ser bem dura com algumas de nós. Pois bem, o auto cuidado pode ser algo que fazemos por nós em 5-10 min diários ou até mesmo algum tempo semanal que conseguimos na soneca da tarde dos filhos, acordando 20 min mais cedo e tomando um café com calma, ler notícias do dia, ler 30 min ou ver um capítulo de série a noite após o filho pegar no sono. São tantas coisas que podemos fazer por nós!
Se temos rede de apoio, podemos buscar terapia, um exercício físico, meditação. Tudo isso é um carinho na alma e que traz um retorno tão grande para nós como pessoa, mulher e mãe.
Acredito que estando em dia com nossas necessidades (minimamente que seja), construímos mais paciência na maternidade, somos mães mais leves, menos estressada e no limite diário das atribuições que temos.
Por isso se priorize, se olhe, se cuide, se acolha enquanto mãe e mulher que também existe por traz da pessoa que só cuida dos outros e se doa constantemente.
Autoria: Elis de Andrade