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Chegou ao mundo

Clampeamento oportuno do cordão umbilical

O cuidado imediato ao recém-nascido e nas primeiras horas de vida é extremamente importante. O Ministério da Saúde preconiza que haja o contato pele a pele entre mãe e o recém-nascido, aleitamento materno e clampeamento oportuno do cordão umbilical. Vou me ater sobre o clampeamento neste texto.

Após 9 meses em que o bebê esteve unido a mãe através da placenta, tudo o que ele recebeu de alimento e respiração o cordão umbilical foi o responsável.  Esse cordão que serviu de conexão entre gestante e bebê, no momento do nascimento, tem, em média, de 50 a 60cm de comprimento e aspecto gelatinoso ao toque. Após o nascimento, o recém-nascido passará a respirar utilizando seus pulmões e se alimentar pela boca idealmente pelo leite materno.

Parece algo simples essa despedida do cordão, né? Seria só chegar e cortá-lo, certo? Atualmente, a ciência já nos indica que seja realizado o “clampeamento oportuno”, ela significa o momento ideal para que o corte do cordão umbilical seja realizado. Novos estudos explicam que, bebês que têm seus cordões clampeados após o terceiro minuto de vida (quando param de pulsar), recebem a transferência da placenta entre 80 a 100 ml de sangue e que 90% desse montante oxigena o bebê inicialmente. Além disso, identificaram outros benefícios como aumento de níveis de hemoglobina, melhora dos estoques de ferros nos primeiros meses de vida e diminuição das taxas de hemorragia.

Não há um consenso exato sobre a recomendação do tempo exato para o clampeamento tardio do cordão.  A OMS recomenda após 1 minuto de vida (em bebês nascidos a termo ou prematuros que não tenham requerido ventilação), já a Academia Americana de Pediatria orienta o corte entre 30 – 60 segundos.  Já o Royal College of Obstetricians and Gynecologists também recomenda retardar o clampeamento do cordão umbilical para bebês saudáveis ​​a termo e prematuros por pelo menos 2 minutos após o nascimento. Já o Ministério da Saúde orienta que se aguarde entre 1 e 3 minutos após o nascimento.

Entretanto, o que se encontra na maioria dos hospitais é a prática de clampeamento imediato, ou

seja, logo após o nascimento ou até em 15 segundos. E as razões são muitas, como a pressa dos profissionais ou a falta de conhecimento sobre a recomendação ou o argumento que o clampeamento precoce do cordão umbilical previne icterícia e policitemia nos recém-nascidos, no entanto, esse posicionamento vem levantando críticas nos últimos anos.

Ou seja, em linhas gerais, o ideal é que se aguarde, no mínimo 30 segundo ou mais pra realizar o procedimento. E isso não precisa ser uma decisão do obstetra/ pediatra. Vocês, como pais, podem deixar claro suas escolhas no plano de parto de vocês e comunicam antes a equipe esse desejo.
Lembrando que a própria mãe pode cortar o cordão ou o acompanhante do parto (é sempre uma foto linda!).

Ah, não posso encerrar o texto sem lembrar a vocês sobre o mito da “circular de cordão” que muitas equipes de assistência alegam pra inviabilizar um parto normal. Caso queira saber mais, clique aqui.

Portal PEBMED: https://pebmed.com.br/acog-atualiza-recomendacao-sobre-clampeamento-do-cordao-umbilical/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext

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Chegou ao mundo

Amamentação e álcool, é compatível?

Esse é um tema tabu e polêmico: a ingestão de álcool e a amamentação.
Por muito tempo já se acreditou que a mulher que amamenta não poderia beber nada de álcool mas atualmente os pesquisadores e médicos têm revisto essa ideia através de várias pesquisas científicas recentes.


Tanto a academia americana de pediatria quanto a sociedade brasileira de pediatria, afirmam que somente 2% do álcool ingerido pela mãe chega ao bebê através do leite materno. Isso porque o que a mulher ingere passa por uma transformação metabólica para virar leite, não é algo automático que passa diretamente para o leite.

Diferentemente do que acontece na gestação, o álcool que a mulher ingere é passado diretamente para o bebê que está em formação, por isso não existe dose segura.

Mas quando falamos em bebês que estão em amamentação, isso muda de figura. Estudos apontam que bebês acima de 3 meses são capazes de metabolizar o álcool ingerido em pequenas doses. Portanto, não é proibido a mãe ingerir álcool amamentando, mas ela deve ingerir pequenas quantidades de forma esporádica.

 
Através de pesquisas, os médicos orientam que a ingestão de álcool não deva passar de 0,5g de álcool por quilo do peso da mãe. Exemplo: se a mãe pesa 60kg, ela pode ingerir 60ml de destilado, 230ml de vinho ou 2 cervejas.


Se possível amamentar após 2 horas que ingeriu álcool para o nível de álcool no sangue não estar tão concentrado e ingerir água ajuda a expelir o álcool do organismo.
Observação importante: a mãe precisa estar bem fisicamente para dar conta de cuidar do bebê após a ingestão de álcool, mais um motivo para o consumo ser moderado e esporádico.

Se a mulher ingerir álcool o suficiente para perder seus sentidos, mesmo que não amamente na hora, é preciso que alguém seja responsável por esse bebê, pois o maior perigo aí não seria nem o nível de álcool no sangue, mas sim, se a mãe está apta a cuidar dele com os sentidos alterados por causa da bebida alcóolica em exagero. Então, o pai, a avó, a cuidadora, qualquer pessoa pode substituir essa mulher, caso ela não esteja em condições de cuidar do bebê no momento.

Gostamos de deixar claro isso, para que não recaia sobre a mulher a responsabilidade total sobre os cuidados da criança ou que se crie um grande tabu em torno da mulher que queira ingerir alguns copos de cerveja ou algumas taças de vinho em um evento.  

Afinal, já somos tão cobradas, limitadas, “castradas”, que os prazeres da mulher ficam sempre em terceiro plano. Então se tiver uma comemoração, vá se divertir sim, deixe tudo organizado com sua rede de apoio e quando voltar, poderá amamentar seu bebê tranquilamente caso esteja dentro da quantidade de álcool indicada para a quantidade de peso de cada mulher, conforme citado acima através de estudos.

Veja estudos sobre amamentação e o consumo de álcool, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/alcool-na-amamentacao-pode/

Talvez você se interesse por essa matéria também: http://www.maesotemuma.com.br/o-que-ninguem-te-contou-sobre-amamentacao/

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Expectativas Maternas

A minha vida parou depois que tive filho

Sim, puérpera, a sua vida parou. Tantos planos imaginando como seriam seus dias depois que o bebê nascesse e parece que nada se concretizou, né?

Para completar, você escorrega o dedo pela tela do celular e descobre que a vida de um tanto de gente está acontecendo. As fotos te mostram que outras mulheres “conseguem” fazer exercícios, ir à praia, ao cinema, levar as crianças sempre limpas e arrumadas pra ir ao parquinho, enquanto você se olha no espelho e se dá conta de que talvez nem se lembre quando foi que escovou o dente sem ser no modo automático e que, talvez, aquele coque na cabeça não tenha saído dali há pelo menos 1 semana.

Camisolas e pijamas estão sendo seu uniforme. O sutiã bege, molhado de leite, já se torna quase um membro do seu corpo. Ir ao banheiro com calma e tomar um banho sem ter alucinações de que ouviu o choro do bebê já se tornaram um luxo.

Me lembro de, nas vezes em que estava puérpera, pensar em qual era o sentido da vida senão: amamentar, trocar fralda, dar banho e botar pra dormir numa espiral infinita em que parece não vermos a luz do túnel nem tão cedo.

Além disso, você tem um bebê no colo que não para de chorar e enquanto tenta como uma investigadora do FBI desvendar o que quer dizer esse choro (a fralda tá trocada, banho tomado, ele já está alimentado e por nada, nadinha, é possível controlar esse som que já virou fundo musical há mais de 2 horas), a mente somada ao cansaço e a restrição de sono explode.

Às vezes a vontade é de entregar o bebê pra primeira pessoa que passar na frente. Eu sei, você só queria sumir um pouco, desaparecer. Tá pesado demais, né? Por alguns segundos você pensou, em silêncio “onde eu fui amarrar meu bode?”.

Tá, veio a culpa logo depois? Como, como é possível pensar em você sem a existência desse ser que apesar de tanto te demandar, você já ama mais que tudo. Você se arrepende na mesma hora desse pensamento e se pune por ter em algum momento permitido que essa ideia passasse na sua cabeça. Fica tranquila, eu não te julgo. Eu já estive 2x neste lugar e sim, sei que é desesperador ver que sua liberdade agora é controlada.

Sim, a sua vida deu uma pausa. Ela não acabou. Nos próximos dias ela será esse misto de quem sou eu com cadê aquela mulher antes de ser mãe. É nesta fase do puerpério, este momento em que a gente se perde pra se reconstruir, que a vida se torna um caos. Por isso é importante fazer uma pausa.

É porque na pausa é que a gente aproveita pra refletir sobre os novos passos, os novos caminhos que daremos pra ela. As amizades que ficaram, as amizades que surgiram. Os ombros que nos emprestaram pra secar nossas lágrimas.

Não se cobre, não se preocupe, está tudo no ritmo certo. Aproveite a pausa porque ela não volta mais. E eu te prometo que um dia você vai se orgulhar deste momento que viveu.

Dicas para cuidar do recém-nascido? Tem vídeo aqui.

Se quiser entender mais sobre o puerpério, clique aqui

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Bebê na barriga

Dicas para fazer o enxoval

Tem alguém aí está perdido com o enxoval?

Quando você começa a pensar na quantidade e possibilidades de roupas, tamanhos, utensílios, acessórios, fica sem saber por onde começar.

Então, a nossa orientação é: faça conta de qual estação do ano seu bebê nascerá. A partir daí,  invista nas peças RN e P, segundo o clima.

Você não precisa comprar tudo de uma vez. Compre o que vai usar nos 3 primeiros meses, assim,  foca no que realmente precisa sem ter que fazer um investimento inicial grande.

Caso não se importe que seu filho use roupas usadas (e na maior parte das vezes semi-novas), busque grupo de desapegos ou brechós modernos, pois eles vendem muitas peças bem conservadas ou até mesmo sem uso.

Evite comprar por impulso. Às vezes, olhamos coisinhas tão lindas e quando vamos ver, compramos peças demais ou coisa inúteis. Um bom exemplo são os sapatos para os recém-nascidos. Os pés são tão sensíveis, pequenos e molinhos que muitas vezes não usamos as dezenas de sapatinhos que compramos ou ainda ganhamos.

Faça uma tabela com as quantidades que você achar necessário para cada item, assim não irá se perder e comprar coisas só porque achou bonitinho. Conforme for comprando vá colocando ok ao lado do item na tabela.

Invista em peças coringas, como bodys e calça de moletom. Macacões de plush são bons para o inverno, principalmente quando os bebês são bem pequenos.

Compre pelo menos 6 peças de cada tipo de roupa: body, calça, macacão. Meias também são bastante usadas no começo, já que sapatos não são quase usados.

Algo muito útil são as fraldas de pano, pano de boca e cueiros (pode comprar pelo menos 4 de cada um). Mantas só vale investir em mais de 2 se você morar em lugar frio.

Vestidos cheios de detalhes, jardineiras, saias, bermudas jeans, podem estar no guarda-roupa a partir do sexto mês, pois o bebê já senta e começam a passear mais também.

Roupa de banho também pode ser adquirida a partir do sexto mês de vida do bebê. Observem também que muitas vezes compramos numerações pequenas de algumas peças e, no final, nunca usamos.

Lembrando que todas essas dicas são genéricas, caso você queira agora mais específico para o seu bebê, entre em contato conosco por email (blogmaesotemuma@gmail.com), pois criamos uma lista de enxoval personalizado de acordo com a sua realidade, do seu orçamento familiar e das características famíliares.

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Expectativas Maternas

Eu não amei assim que nasceu

Eu já ouvi de muitas mulheres que não sentiu todo o amor do mundo quando o filho nasceu. Geralmente a frase é um desabafo, dita com vergonha ou cautela pela mãe.
Falamos esse tipo de coisa para amiga muito íntima (que já teve filhos) e sussurrando… Pois junto com a frase vem a culpa. A culpa por não ter amado tão facilmente assim como muitas mulheres narram.
Isso é mais comum do que podemos imaginar! Afinal, o amor não é uma mágica instantânea e sim construído diariamente, dentro de uma relação.
A questão inicial que pretendo trazer para a reflexão hoje é essa cobrança social do amor de mãe ser infinito, incondicional, maior do mundo logo que ela pega seu bebê nos braços. Há uma grande romantização sobre o amor dos pais em geral, principalmente do amor materno.
Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, o amor materno é uma construção social histórica datada do século XVIII, na Europa. Anteriormente as mulheres delegavam as amas de leite a nutrição e os primeiros anos de cuidado com os bebês, estes, retornavam ao lar somente quando não usavam mais fraldas nem mamavam.
Isso significa que nem sempre todo esse amor de mãe existiu socialmente e sim, foi construído e dado importância em um período da história europeia. Gostaria de esclarecer que não estamos falando de instinto materno, algo ligado mais ao lado animal e físico da mulher: tentar proteger a cria, amamentar, alimentar e mantê-la viva, isso é comum da espécie dos animais (mamíferos) em geral.
Por essa razão, devemos entender que quando descobrimos a gestação e não sentimos o amor que todos falaram, quando nasce o seu filho e você não é tomada por todo amor do mundo materno, você não é uma aberração, uma péssima mãe.
Esse amor e vínculo, podem ser estimulados desde a gestação com conversas com a barriga, quando sentimos os primeiros chutes e começam as interações entre mãe e bebê, quando cantamos música para eles se acalmarem, mas o amor que irá florescer entre vocês vai vir com o tempo, com os cuidados diários, com os sorrisos, com as noites velando o sono do seu filho e não num piscar de olhos.
Por isso não se culpe, não se envergonhe, não se sinta mal… Repita para você “o amor é uma relação de construção e vamos fazer isso juntos!”.

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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

Teoria da Extero Gestação

Quem nunca ouviu alguém dizer que o bebê de dias está manhoso, chora muito e só quer colo? E quando a mãe ou o pai decidem acolher esse bebê, alguém da família, a própria mãe dos recém pais, a avó, a tia, falam que estão acostumando mal esse bebê e que ele ficará manhoso?

Eu já ouvi muito isso e ainda ouço com frequência. A ideia de que um bebê de dias, que não está entendendo que está não está mais dentro da barriga da sua mãe, está tentando manipular os pais é comum. As pessoas não param para ler sobre a questão biológica do ser humano, como nos reproduzimos, nascemos, nos desenvolvemos. Nós repetimos muitos achismos por aí e assim, vamos de geração em geração reproduzindo falsas verdades.

O antropólogo inglês Ashley Montagu construiu a teoria de que os seres humanos, precisariam de pelo menos mais três meses (4º trimestre) de gestação para terminar o seu desenvolvimento, mas por impossibilidade física (seríamos grandes demais para nascermos), passamos esses três meses nos desenvolvendo fora do útero materno, mas precisando de cuidados especiais, e se pudermos manter o clima do útero ajudará bastante ao bebê.

Hoje, sabe-se que o homem é o mamífero que nasce mais dependente comparando com bebês cães, bezerros, girafas que andam com horas de nascidos. O pediatra americano Harvey Karp foi o responsável pela ampla divulgação da teoria da externo gestação, e nos dá dicas de como simular algumas situações que irão dar para o bebê a sensação de estar no aconchego do ventre da mãe.

Abaixo iremos dar 5 dicas de como simular o útero da mãe e fazer com que o bebê se sinta aconchegado, como se estivesse na barriga de sua genitora.

  1. Faça sons parecido com o útero: secador, ruído branco, aspirador de pó, shiii (com a boca);

  2. Embrulhe o bebê e deixe-o mais seguro: faça charutinho com o cueiro;

  3. Faça um ninho para o bebê: rolinhos, almofadas, moisés;

  4. Dê colo e acolha o bebê: o sling ajuda e a amamentação em livre demanda também;

  5. Dê banho de balde no bebê: ofurô.

 

Por isso, quando alguém vier dar algum pitaco sobre você tentar acolher seu bebê de dias ou poucos meses, ouça sua intuição materna ou paterna e lembre-se, ele ainda não entendeu que está fora do útero, ele ainda não entende que é um ser separado da mãe dele. Ele precisa de cuidados, carinho, colo, atenção, peito, sentir o cheiro de quem o carregou por 9 meses e ouvir as batidas do coração dela para se acalmar.

 

Com carinho,

Lilica.

 

 

 

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Expectativas Maternas

Tirando os sapatos ao entrar em casa

entrar-em-casaQuando me casei, no auge da alegria de ter minha casa, “minhas regras” (mentira, nossas regras… hehehe), resolvemos que toda as vezes que entrássemos em casa, tiraríamos os sapatos.

Essa decisão veio de uma reflexão rápida de que além de ser um hábito que nunca tivemos antes, os sapatos que andaram por tantos lugares diferentes (e sujos) pela rua, tornam-se uma fonte de contaminação para dentro do nosso lar. Além do mais, por aqui, eu sempre adorei andar descalça pela casa e tendo sapatos sujos circulando em nosso ambiente, era uma forma de continuar contaminando o nosso cantinho mais precioso.

Mudar um hábito, qualquer que seja ele, não é fácil! Demanda determinação, força de vontade e incentivo. Pois bem, resolvi pesquisar e descobri que os japoneses já tiram seus sapatos quando entram em alguns ambientes há milhares de anos. Daí, os pesquisadores se interessaram em saber o porquê deste hábito. Sabe o que descobriram? Que após duas semanas de uso dos mesmos calçados, mais de 420 mil bactérias estavam presentes neles e 96% delas são coliformes fecais (muito associado ao famoso cocô).

A pesquisa realizada por um professor de microbiologia, Charles Gerba, da Universidade do Arizona, em 2008, aponta que os sapatos têm mais bactérias do que um vaso sanitário! (Ecaaa!!!).

Além disso, a infectologista Raquel Muarrek, do Hospital e Maternidade São Luiz do Morumbi, afirma que a principal bactéria que você pode trazer é a Escherichia coli, que pode causar infecções urinárias e diarreia.

Bom, além de toda essa nojeirice, passamos pelo momento do nascimento do nosso filho que, como todo bebê, lá pelos 6, 7 meses, passou a arrastar-se pela casa o tempo todo para se locomover.

Logo, esses dados se tornaram mais graves para nós, afinal essas bactérias são transmitidas por meio do contato físico. Assim, se o bebê passar a mão onde você pisou, pode acabar contraindo o micróbio. “Essas bactérias podem causar conjuntivite, problemas respiratórios, disenteria, ou seja, uma série de doenças só pelo contato com a criança” – afirma a infectologista.

Daí, unimos o útil ao agradável: instauramos a regra do “ao entrar, tire o seu sapato” e garantimos que o chão seria um lugar um pouco menos imundo para o bebê.

Se você também pensa como nós e quer abolir o uso de calçados dentro de casa, vou deixar umas dicas que nos ajudaram bastante.

 

  1. Seja determinado e policie um ao outro.

 

  1. Compre uma sapateira, um cesto ou um móvel que possa ficar próximo a porta de entrada para que os calçados fiquem guardados.

 

  1. Separe um chinelo (ou pantufa) apenas para ser usado dentro de casa (assim você evita confundir o chinelo para sair com o de ficar em casa).

 

  1. Não se esqueça de, sempre que possível, higienizar os calçados antes de guardá-los no armário. Nada que uma esponja, água e sabão não resolvam.

 

  1. Ensine através do exemplo para os seus filhos. Criança aprende muito mais pelas nossas atitudes do que por nossa fala.

 

Desejo boa sorte para vocês!

Beijos carinhosos,

Nana.

 

Fonte:

http://melhorcomsaude.com/tirar-sapatos-entrar-em-casa-otimo-habito/

http://www.paisefilhos.com.br/familia/e-melhor-voce-comecar-a-tirar-os-sapatos-antes-de-entrar-em-casa/

 

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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

7 Dicas valiosas para os primeiros dias do bebê em casa

Mamães, quando eu tinha um bebê de quase 4 meses, eu escrevi para vocês algumas dicas que, para mim foram muito valiosas e realmente me ajudaram a passar por esse momento tão delicado e difícil de nossas vidas que é a chegada à casa com o seu bebê, sem a ajuda das enfermeiras e médicos do hospital.

1- Você vai precisar de ajuda!

Você não é super heroína e mesmo que tenha ajuda do seu marido/namorado/companheiro vocês não irão dar conta sozinhos de tudo, então aceite ajuda. Pode ser de uma vizinha, de uma amiga, da mãe, sogra, ou contratar alguém mesmo. Não estou falando sobre arrumar a casa, mas itens básicos de sobrevivência como comer, dormir, ir ao banheiro e tomar banho. Me lembro que os primeiros 15 dias foram os piores!

2- É bom ouvir conselhos mas filtre-os.

Conselho se fosse bom ninguém dava vendia, né? Pois é… O que funcionou para um, pode não funcionar para outros, então escute os conselhos com parcimônia, filtre o que achar desnecessário ou te agrida. Você não precisa passar por nada que não queira, sem contar que ficamos muito sensíveis, então um conselho mal dado, as vezes atrapalha mais do que ajuda.

3- Tenha alguém de confiança para conversar e desabafar.

Nos quinze primeiros dias de vida do meu filho, eu chorei todos os dias, as vezes mais de uma vez por dia. Simplesmente não tinha motivo, ele era saudável, mamava bem, não tive problema de pega, nem com o bico do peito, tudo estava nos conformes, mas eu me sentia muito frágil, insegura, sensível mesmo. Então tenha alguém com que você possa conversar, possa ter um ombro amigo, muitas vezes o que mais precisamos é ser ouvida.

4- Escolha um bom pediatra e confie nele.

Eu engravidei junto com a minha irmã, tínhamos 15 dias de diferença e o que mais me chamou atenção foi as diferenças de pensamentos e atitudes de nossos médicos obstetras. A minha passava ultrassonografia todos os meses, o dela não, a minha pediu para tomar vacina no final da gestação, o dela não, e assim percebemos diferenças durante todo o pré-natal. A mesma coisa está acontecendo com o pediatra: o meu indica clínica particular para vacinar com determinadas vacinas, o dela não, o meu passou vitamina, o dela não. Então, se você ficar comparando o que o pediatra da sua filha/o faz em relação ao dos colegas e parentes você irá surtar. Escolha um pediatra bom, de referencia e confie bastante nele, isso irá te confortar e fará você se sentir segura em diversos momentos em que divergir dos outros.

5- Descanse sempre que possível.

Você já deve ter ouvido muito isso, principalmente se está grávida. Eu ouvi de diversas pessoas: “durma quando ele dormir”. Como meu filho nasceu trocando a noite pelo dia e nos primeiros dias eu me senti exausta com a nova rotina, eu literalmente fiz isso. Quando ele dormia, eu e meu marido (que tirou férias para me ajudar) dormíamos. Eu simplesmente deixava a casa do jeito que estava, muitas vezes trocava a comida pelo sono. Como tive ajuda da minha sogra, da minha mãe e também de uma faxineira que vinha duas vezes na semana, elas se revezavam para estar conosco, traziam comida, lavavam a louça, traziam frutas, biscoitos. Não adianta sua casa está em ordem se na hora de amamentar ou ficar acordada a noite você não ter energia e paciência com esse serzinho que chegou ao mundo. Mesmo que você não tenha ajuda nenhuma, deixe tudo para lá e vá descansar, nem que seja uma parte do dia, pois recém-nascidos costumam dormir muito.

6- Saiba falar NÃO as visitas

Cada um reage de um jeito em relação a receber ou não visitas em casa. Eu e meu marido particularmente não quisemos. Estávamos no nosso primeiro filho e dentro de um mês iríamos nos mudar (imaginem o estado da casa!). Além disso, Antonio nasceu trocando o dia pela noite e teve muita cólica e gases a partir dos 15 dias de vida. Então optamos por não recebermos visitas em casa no primeiro momento, mas mesmo não convidando, muitas pessoas se ofereciam para visita-lo, as vezes já dizendo dia e hora. Ainda bem conseguimos dizer não, óbvio explicando os motivos e dizendo que assim que estivéssemos menos enrolados convidaríamos as pessoas. Quando nosso bebê completou 2 meses e meio nos sentimos mais confiantes, já na casa nova, mais ou menos organizada, começamos a receber as visitas e foi a melhor coisa que fizemos, pois tivemos privacidade e não tivemos que nos preocupar que roupa estávamos vestindo ou se a casa estava arrumada. As pessoas que foram antes desse período vieram para ajudar lavando louça, cozinhando, colocando roupa na corda, e não para fazer visita.

7 – Paciência na amamentação

Essa dica vai principalmente para as mães de primeira viagem. Calma! A amamentação não é fácil, é algo que requer paciência, perseverança e ajuda. Se você estiver insegura, mesmo com todas as dicas e ajuda que recebeu no hospital, não se acanhe em contratar uma pessoa (geralmente enfermeira) especializada em amamentação, ela vai te ajudar, te ensinar, te acalmar e você verá uma luz no fim do túnel. Se o bico do seio rachar, o leite demorar a descer, a pega estiver incorreta, tudo isso tem solução. Você só não pode se desesperar porque passará insegurança para o bebê e irá acabar cedendo ao leite industrializado e este não é o mais completo para o seu bebê, principalmente nos primeiros meses de vida.

Espero ter ajudado você,

Lilica.

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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

Desenvolvimento do bebê mês a mês

Depois que tive filho, fiquei curiosa para saber o que esperar de cada fase do bebê quanto ao seu desenvolvimento. Afinal, é muita expectativa durante os nove meses de gestação, não é? E nós, pais, ficamos loucos pelas novidades deles. Mas cuidado, não tente apressar os momentos deles. Cada fase nova é o aperfeiçoamento da anterior ou uma combinação de outras já aprendidas.
Pensando nisso, pesquisei um resuminho do que se pode esperar que eles façam mês a mês. Lembre-se que o desenvolvimento é individual e pode ser que o seu bebê não faça exatamente aquilo que está esperado, mas nem por isso desanime no incentivo ao filhote.

            Bom, pra começar, é preciso que a gente compreenda que existem três grandes áreas de desenvolvimento infantil e que são: motor, cognitivo e emocional. Todas elas são interligadas, acontecem ao mesmo tempo e se influenciam entre si. Porém, em alguns momentos da vida, uma delas pode estar mais “ativa” do que a outra, entretanto as outras duas não deixaram de acontecer.

Cada etapa é predeterminada pelo incrível cérebro e ocorre, segundo o neurologista Luiz Celso Vilanova, “de acordo com a formação dos circuitos neurológicos, que é induzida pela mielina, uma substância branca e gordurosa que aos poucos recobre as células nervosas. Sua função é agilizar o tráfego de impulsos nervosos entre as células para ativar as sinapses, as conexões que permitem a comunicação entre os neurônios. “Quando isso acontece, os estímulos fazem diferença. Um neurônio pode fazer sinapses com outros dois se a criança não for estimulada. Se for, é capaz de se conectar com outros dez”.

E aí? Vamos lá?

     Recém – nascido:

  • Quando nasce, o bebê consegue distinguir luz e escuridão, assim ele vê você em preto e branco.
  • Ele já reage ao som humano, mas nem sempre é intencional. Porém, ele já consegue reagir melhor, depois de duas semanas, em especial, ao ouvir as vozes de seus pais.
  • O campo de visão deles é restrito a uma média de 25cm (a distância entre o rosto bebê e a mãe quando amamentam).

O seu choro vai demonstrando suas necessidades. Cada timbre e constância no choro servem pra dizer uma causa.

      1 mês:

  • Reage aos sons fortes com desaprovação e aos sons calmos com agrado.
  • Faz movimentos bruscos de reflexo com o corpo como mostra de excitação ou alegria.
  • Consegue seguir um objeto com os olhos.
  • Vocaliza quando estimulado ou quando se conversa com ele.

      2 meses

  • É muito sensível ao rosto humano e já fixa a sua atenção num rosto. O rosto dos pais, e principalmente da mãe, tem um grande poder de o acalmar.
  • Reage de forma diferente a um sorriso ou a uma gargalhada.
  • Reage com atenção e curiosidade ao mundo exterior, principalmente, aos sons.
  • Mostra interesse por determinados objetos. 

      3 meses

  • Ganha consciência do seu próprio corpo.
  • Começa a explorar o mundo com as mãos e leva tudo à boca (fase oral).
  • Reconhece as pessoas próximas a ele com sorriso.

       4 meses

  • Imita os sons que ouve.
  • É muito curioso com o mundo à sua volta e observa tudo com muita atenção.
  • Reconhece objetos e rotinas.
  • A descoberta do seu corpo continua e os pés são a nova atração.
  • Procura o objeto caído.

       5 meses

  • A capacidade de atenção maior e consegue entreter-se por mais tempo.
  • Usa o seu corpo, movimentos e sons, para chamar a atenção sobre si.

          6 meses

  • Ergue os braços para pedir colo.
  • Observa seu reflexo em um espelho e pensa tratar-se de outro bebê.
  • Pode “estranhar” algumas pessoas ou ficar tímido.
  • Já articula monossílabos como ‘ba’ ou ‘da’.

         7 meses

  • Começa a compreender o “não”.
  • Usa o seu corpo para atingir os seus objetivos e satisfazer a sua curiosidade. Por exemplo, movimentar-se para chegar a um brinquedo.
  • Desenvolve cada vez mais a habilidade de engatinhar.
  • Quando vê um objeto a desaparecer, procura-o. Já sabe que o objeto existe mesmo quando não o vê, desde que o tenha visto desaparecer.
  • Já brinca.

          8 meses

  • Desenvolve bastante a memória.
  • Desenvolve a noção de ausência e presença.
  • Busca objetos escondidos.
  • Reconhece o seu próprio nome quando o chamam.
  • Reconhece jogos, músicas e rimas familiares.
  • Produz sons como “ba-bá”, “pa-pá” ou “dá-dá”.

          9 meses

  • Desenvolve a coordenação motora e tenta se levantar.
  • Sabe que o objeto existe mesmo quando não o vê e, se você o esconder, vai procurá-lo.
  • Gosta de brinquedos com encaixe.

         10 meses

  • Interage com os livros.
  • Gosta de atirar objetos, para que as pessoas o procurem.
  • Consegue agarrar com mais firmeza.
  • Entende o conceito especial (aqui, ali, acima, abaixo).

     11 meses

  • Desenvolve o sentido de humor.
  • Procura de maneira consciente a atenção e reação dos adultos, fazendo graças.
  • Abana a cabeça para dizer que sim.
  • Algumas crianças já repetem algumas sílabas iniciais de palavras pequenas.

       12 meses

  • Ele interage de acordo com o que lhe é ensinado, como retribuir um beijo ou acenar.
  • Entende pequenos comandos como: “Cadê o seu brinquedo?
  • Reconhecer personagens de desenhos ou livros que lhe são expostos com frequência.
  • Busca a interação com as crianças/adultos para brincar.
  • Interesa-se por brincadeiras como a de se esconder.

 

Nana.

Se quiser saber sobre a fase de desenvolvimento da linguagem, clique aqui.

Fonte:

baseado e adaptado de http://www.maemequer.pt

Revista Crescer

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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

O bebê não para de chorar: entenda o seu choro

Visualiza a cena: você e seu bebê tem pouco tempo juntos desde que ele nasceu e simplesmente ele não paaaara de chorar. Quem nunca passou por uma situação assim? É desesperador, não é? Aqui estão algumas possibilidades da razão do choro dele.

  1. E se for cólica? É um choro frequente, costuma aparecer nos primeiros meses de vida e é devido a imaturidade do sistema digestivo do bebê. Ainda não se sabe dizer quais são todas as origens da cólica, mas o seu choro costuma vir com dor, perninhas retraídas e a face avermelhada. Repare bem o comportamento do bebê, pois o som do choro tende a ser inconfundível.
  1. E se forem gases? O bebê chora forte e pausadamente, pontilhando o choro com gritos agudos. Em geral, quanto mais chora, engole ar e gera mais for. Faça massagens na sua barriga, dobre os joelhos fazendo o movimento de pedalar a bicicleta repetidas e lentas vezes.
  1. E se for fome? Esse é mais fácil de constatar, afinal é só alimentá-lo para ver que ele ficará quietinho de novo. Observe se a mamada ou o leite está sendo suficiente e converse com o pediatra do seu filho.
  1. E se for fralda molhada? O choro costuma ser meio de resmungo e desconforto. Eles se sentem incomodados por estarem molhados, principalmente se já houver assaduras.
  1. E se for otite? Trata-se de uma inflamação no ouvido que provoca uma dor intensa, daí o choro é contínuo e intenso. Cada vez que o bebê mama, começa a sugar e para, porque sente que algo o incomoda. De fato, o ato de sugar realmente faz piorar a dor. Daí, o ideal é procurar logo o pediatra para que possa clinicar o bebê.
  1. E se for sono? Depois de algum tempo de convivência com o bebê, os pais costumam identificar rapidamente o choro de sono. Em geral, vem sempre nos mesmos horários que ele costuma dormir e é um choro mais enjoadinho. Fica impaciente e até nervoso. Às vezes, ele age como se fosse sua culpa o fato dele não conseguir dormir.
  1. E se for azia? Alguns bebês sentem este desconforto, em especial os prematuros. O sintoma mais claro é confundir com manha: após as mamadas, ao deitar, ele fica inquieto e chora, como se quisesse levantar. Deixe-o na posição vertical por uns 30 minutos para aliviar.
  1. E se for dificuldade para urinar? O choro do bebê só cessa, quando ele consegue urinar. Ele fica aliviado e para. Note que a urina não sai em jatos, mas gota a gota. Se notar esse choro, junto com este sintoma, procure imediatamente o pediatra para que o analise.
  1. E se for frio/calor em excesso? Se for frio, o bebê fica com as extremidades arroxeadas e às vezes nem consegue chorar. Se for calor, ele tem mais dificuldade em fazer que mãe o entenda, porque tendemos a querer protegê-lo para que não sinta frio com um monte de roupas. O choro dele é acompanhado de um mexe-mexe desconfortável como se quisesse dizer: “mãe, tô com muito calor!”
  1. E se eu não conseguir entender o choro? Muitas vezes não é fácil detectar o porquê do choro e o desejo do bebê. Então, tente manter a calma (afinal, isso passa para o pequeno), procure relaxá-lo, converse em um tom suave de voz. Isso ajudará que você tenha tranquilidade pra entender o que está acontecendo.

Espero que essas dicas ajudem vocês.

Beijos carinhosos,

Nana

Fonte: ROSÉN, Jenny. 50 maneiras de criar um bebê sem frescura/ Jenny Rosén. – São Paulo: Panda Books, 2008. 200pp.