Quem nunca ficou nervosa ao ouvir no exame de ultrassonografia o médico indicar que o bebê está com o cordão envolta do pescoço com 1, 2, 3 voltas?
Não há porque se preocupar com isso, especialmente se estiver próximo ao momento do parto, pois não é indicação de cesariana.
A “circular de cordão” resultado da própria movimentação do feto, que
pode fazer com que o cordão se enrole e desenrole diversas vezes e é bem
frequente, podendo ocorrer em 1/3 dos bebês em final de gestação.
Ao contrário do que prega o senso comum, ele não “enforca” a criança, e pode ser facilmente desenrolado pelo médico durante o parto, depois da passagem da cabeça do bebê. Lembre-se que o bebê não respira pelo nariz.
O cordão não tem tamanho definido e pode dar várias voltas, não apenas no pescoço, mas também em outras partes do corpo da criança.
A única preocupação é se o cordão for muito pequeno ou estiver muito enrolado, ele pode ficar “curto” para a descida do bebê pelo canal de parto. Se ele estiver muito pressionado, compromete a circulação de sangue e, consequentemente, reduz a frequência cardíaca da criança.
Por isso, os médicos realizam um exame chamado cardiotocografia, que vai acompanhando a frequência cardíaca do bebê e as contrações da mãe ao longo do trabalho de parto.
Caso seja diagnosticado o sofrimento fetal, pode ser reavaliada pela equipe uma alteração na via de parto. Tudo isso só pode ser diagnosticado no momento do nascimento e não pela ultrassonografia.
Assim, nada de pânico ao ouvir falar de circular de cordão, certo?