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Desfralde tardio: como conseguir?

Hoje, venho contar para vocês (mais de 3 meses depois) como meu pequeno conseguiu o desfralde. Lembram que eu tinha escrito um texto-desabafo  falando que ele já tinha quase 3 anos e não tinha desfraldado? Então, tentei recomeçar alguns dias depois que escrevi aquele texto e, por incrível que pareça, deu certo! E eu atribuo a uma série de fatores que lhes contarei.

Muitas vezes eu escrevo textos para o blog que servem como reflexão para mim, como no último sobre o desfralde. Eu realmente tinha relaxado, não estava tensa e nem cobrando meu pequeno para desfraldar, eu simplesmente já tinha me convencido que iria acontecer no tempo dele, então esperei por sinais.

Em um dos finais de semana anteriores, fomos a uma festinha que brincava com água. Então, eu fui ao banheiro tirar a fralda dele e colocar a sunga (na natação a professora já tinha pedido para ele ir sem a fralda de piscina, assim, já estava acostumado a usar a sunga sem fralda) e quando o deixei pelado, ele simplesmente se virou para o vaso sanitário, segurou o pinto e fez xixi. Não comentou que estava com vontade, nada, viu a oportunidade e fez. Vale lembrar que na casa do pai, ele já vinha treinando quando acordava fazer xixi no sapo que gruda no ladrilho do banheiro, então, atribuo essa atitude, aos treinos que já vinha fazendo.

Sapo mictório que gruda parede

Quando aconteceu essa situação do vaso, o sinal amarelo acendeu para mim, fiquei atenta, cheguei a conversar com o pediatra em uma consulta de rotina e ele me encorajou, alegando que o Antonio é esperto e entende bem os comandos do desfralde. Assim, resolvi tentar novamente. Voltei a conversar com ele que iríamos tirar a fralda porque ele já estava crescido, faria 3 anos e toda a conversa que sempre temos. A primeira semana foi a mais difícil mas nada de outro mundo, escapuliu poucas vezes, mas eu oferecia banheiro de meia em meia hora pois meu pequeno bebe muita água, então, consequentemente, faz mais xixi também.

Conversei na escola e a professora sinalizou que iria começar na segunda-feira lá também. Dessa forma, quando começou na escola, ele já estava treinando alguns dias em casa. Sempre que chegava da escola, eu o deixava o restante da tarde e da noite de cueca. Forrei um plástico no sofá, no lado em que ele se senta, para evitar qualquer tragédia. Ele foi evoluindo bem e em 3 semanas, já estava fazendo xixi no penico, vaso, no sapo e agora, pedindo. O cocô foi um pouco mais tenso, ele teve “prisão de ventre” por 5 dias, normal também, por estar aprendendo a segurar e a fazer nos locais certos. Mas depois regularizou, então, relaxamos.

Quero trazer algumas dicas que funcionaram conosco, anotem aí:

  • Compre penico, redutor de assento, livro sobre desfralde, cueca e todos os apetrechos. Vá apresentando sem pressão, pois seu filho vai entendendo e aprendendo aos poucos como tudo funcionará;

  • Não existe uma data “certa” para o desfralde, vá incentivando e prestando atenção aos sinais de que ele está pronto;

  • Caso seu pequeno não demonstre muito interesse ou sinal do desfralde, não se descabele e muito menos fique comparando ele com o amigo, vizinho ou o próprio irmão, isso só piora;

  • Não force o desfralde por interesse seu, pressão da escola ou de algum familiar, você pode gerar pequenos traumas e no futuro até prisão de ventre ou incontinência urinária;

  • Não brigue ou coloque de castigo, caso seu filho erre e faça xixi ou cocô nas calças, o começo pode ser difícil mesmo e ele está aprendendo. Nada melhor do que uma conversa, encorajando ele a continuar tentando;

  • Além do seu filho estar preparado para o desfralde, você também tem que estar, pois demanda muita paciência e tempo de ficar oferecendo banheiro várias vezes por dia e limpando o chão nas “escapulidas”.

 

Espero que tenha ajudado a minha experiência com o “desfralde tardio” do meu filho. A gente vem aqui compartilhar nossas experiências, mesmo as difíceis para mostrar que estamos no mesmo barco e também dar dicas, que podem nos ajudar e muito nas horas do desespero. Estou a disposição, caso queiram fazer alguma colocação sobre a experiência de vocês.

Um abraço,

Lilica.

 

Quer saber como a Nana conseguiu desfraldar o filho mais velho dela? Clique aqui

Quer dicas para desfralde com a pedagoga Bianca Santiago? Clique aqui

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Crianças (a partir de 2 anos)

Não consigo desfraldar meu filho, e agora?

Hoje eu venho trazendo um tema difícil para muitos pais e mães: como lidar com o desfralde difícil de acontecer ou até mesmo “demorado”? E até mais: como lidar com os pitacos e com as opiniões das pessoas que vêem seu filho de quase 3 anos usando fralda?
Não é nada fácil, gente, e eu não venho trazendo a fórmula. 
Para ser sincera, meu filho ainda não desfraldou e ele faz 3 anos no final do mês. Eu estou desesperada por isso? Inacreditavelmente NÃO… Percebi que minha ansiedade e nervosismo só pioravam as coisas e se está tudo bem com ele, respondendo fisicamente e psicologicamente, ele vai chegar no desfralde no tempo dele.
A primeira coisa que devemos fazer é… ter PACIÊNCIA. Sim, com letras maiúsculas. A sua ansiedade, pressa ou nervosismo não vai fazer nada andar mais depressa, às vezes, muito pelo contrário, pode gerar pequenos traumas. Criança com dificuldade de fazer o xixi ou cocô de tanto prender ou não conseguir segurar, justamente por medo. Então, comece relaxando lendo esse texto e sabendo que você tem que ter o triplo de paciência para um desfralde demorado ou difícil.
A segunda coisa que devemos refletir é que geralmente lemos muitas coisas na internet e muitas pessoas nos dizem que o desfralde deve ser feito entre 2 anos e 2 anos e meio mas e se seu filho não se encaixa nesse perfil? Você pira, né? Provavelmente. Mas não deveria, porque se está tudo bem com ele fisiologicamente, fisicamente, emocionalmente, as coisas vão acontecer no tempo dele. Não existe um tempo certo ou errado, existe um tempo médio e que as crianças se encaixam nesse tempo ou não.
Exatamente como acontece com andar ou falar, o desfralde precisa acontecer de forma natural e no tempo da criança, quando ela der sinais e mostrar que está pronta para dar aquele importante passo na vida dela. Não importa se com 2, 3 ou 4 anos. Nós, pais, temos que entender que não é forçando que tudo vai fluir melhor, muito pelo contrário, eu sou péssima sob pressão, outras pessoas também podem ser como eu, então vamos nos colocar no lugar deles.
Outro passo importante para quem já tentou o desfralde algumas vezes sem sucesso foi comprar penico, livros com histórias de desfralde, cueca, mostrar desenhos e se mostrar como exemplo indo ao banheiro. Eu já fiz isso tudo e não adiantou efetivamente. Mas calma, não adiantou agora, no tempo que eu gostaria mas na cabecinha dele pode estar amadurecendo essa ideia que em algum momento vai.
O mais chato de tudo isso não é você continuar trocando fraldas até os 3 anos de idade e sim os olhares tortos e pitacos dos amigos, conhecidos e parentes. Eu como experiente nesse assunto, já coloco a minha ‘cara de alface’ que fica prontinha esperando ser usada porque ninguém merece ficar passando pelo difícil e cansativo processo do desfralde e um “infeliz” ainda resolver dar uma opinião que muitas vezes não é construtiva ou de fato não ajuda em alguma coisa. 
Quando alguém me pergunta espantado “ele ainda usa fralda?”, eu respondo que sim balançando a cabeça com um sorriso amarelo e pronto, a pessoa se manca. Mas quando ela insiste em me questionar, eu digo que estou aceitando pessoas que me ajudem a limpar o chão e a lavar cuecas de cocô sendo mãe solo (com um sarcasmo na fala) e é tiro e queda!
De qualquer forma, não existe fórmula de bolo, não existe receita pronta! Faça a sua parte, comprando os itens necessários, incentivando, conversando e se mesmo assim você se sentir insegura, converse com o pediatra do seu filho, nada melhor alguém que acompanha ele há anos ou desde o nascimento para saber se ele pode ter algum tipo de problema. Descartado isso, relaxe que no momento dele, ele vai te mostrando sinais e você vai ajudando na condução do desfralde. 
Esse é um momento importante para a vida físico-emocional do seu filho e você tem que estar tranquila para ajudá-lo, não insistir e cobrá-lo exaustivamente. Quando acontecer o desfralde por aqui, escrevo novamente explicando o que funcionou com meu filho. Por enquanto estamos tendo muitas conversas e tentativas de acerto com o penico ou vaso. 
 
Com carinho, 
Lilica. 
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Desfralde: nós conseguimos!

Se havia duas coisas na maternidade que me faziam tremer na base, eram a introdução alimentar  e o desfralde.

Eu sabia que fazia parte do processo de crescimento do bebê/ da criança e que todos nós já passamos por isso, mas eu confesso que tinha a sensação de receio por esse universo desconhecido.

Bom, a introdução alimentar do Theo foi ótima pois dei bastante sorte dele aceitar a alimentação com facilidade. Agora só me faltava o desfralde! E sempre que eu comprava as fraldas já de tamanhos maiores (XG e cia!) e via o quanto eu estava gastando com cremes e lenços, desejava que ele já usasse a cuequinha. Porém, batia o receio e as nóias de uma mãe de primeira viagem: “como será ir à rua com ele? E se não houver um banheiro? E se ele quiser fazer cocô fora de casa?” Pronto! Batia um frio na espinha e eu pensava o quão prática a fralda descartável fazia a minha vida de mãe nos quesitos xixi e cocô.

Acontece que comecei a ler sobre o assunto, consultar alguns materiais especializados e a ouvir outras mamães que já haviam passado por essa experiência e resolvi me preparar para esse novo momento. Sim!

É de suma importância que os pais se preparem junto com os filhos para essa mudança. Você tem que estar disposto e preparado para o desfralde.

Para isso, comecei a seguir as orientações mais comuns de tudo o que pesquisei e fui me convencendo que o momento estava chegando.

Notei que meu filho já demonstrava o incômodo em estar com a fralda suja, que ele já gostava de ficar pelado e observava os nosso hábitos de higiene na hora do número 1 e 2.

Somado a isso, eu teria uma oportunidade única de começar o processo – a chegada do recesso da creche e que coincidiria com 3 fatos: 1: minhas férias, 2: o verão e 3: a idade dele (2 anos e 7 meses). Achei que essa combinação era um sinal de que o momento ideal era aquele.

Um tempo antes, comprei um penico musical (aqui chamamos de troninho) e contei como funcionava, brincamos com ele, mas nada sério. A escolha por ele e não pelo redutor de assento era o nosso interesse em oferecer autonomia e independência ao nosso filho.

Assim, ele já sabia da existência do troninho mas nunca forçamos nada. Um tempo depois comprei um livro que conta a história de dois irmãos que não usavam mais fralda e faziam as necessidades no penico. Com frequência, líamos essa história e eu tentava associar o que líamos com o penico que ele tinha em casa.

                   

        Por que optamos por penico e não por redutor de assento?

 

Por 2 motivos: o primeiro é que ao ir ao penico, ele poderia ir sozinho e de maneira mais independente como já o faz agora, sem precisar me avisar, além dele se sentir seguro e estável pois os seus pés estão no chão. O segundo é porque o redutor por ainda ser uma novidade, fez com que ele se sentisse vulnerável no vaso pois precisa se sentir “equilibrado” naquele espaço. Além disso, seus pezinhos ainda “flutuavam no ar”, pois eu não havia comprado uma banqueta em que ele pudesse apoiar os pés. Em resumo, por aqui a estabilidade e autonomia tiveram mais peso e levaram a melhor. O que não significa que esta seja sempre a melhor opção para todas as crianças.

  O início do desfralde

            No dia que resolvemos começar, definimos em casa algumas coisas que tínhamos lido, por exemplo: tirar todos os tapetes da casa (ou enrolar) pra evitar “acidentes” neles, tratar cada acerto dele com a maior festa possível e NUNCA brigar caso ele errasse. Além disso, a gente ainda evitaria ficar saindo muito de casa com ele nesse início para que houvesse tempo de chegarmos ao banheiro rapidamente e que usaríamos a fralda sempre que as saídas fossem inevitáveis.

Começamos! A compra das cuecas e a escolha de qual ele iria usar era quase um evento. Compramos MUITAS cuequinhas porque neste início a troca delas é intensa e nem sempre dá tempo de lavar e secar rapidamente.

A primeira semana foi de MUITA MUITA MUITA conversa, observação e paciência. Prestávamos atenção nas feições que ele fazia quando queria fazer suas necessidades. Ele tinha uma expressão pro xixi e outra pro cocô. Notamos que ele ficava incomodado quando fazia um dos dois na cueca ou pelado. E de tempos em tempos sugeríamos que ele fosse ao penico e tentasse fazer algo.
Uma dica que me deram muito boa é a de observar de quanto em quanto tempo ele fazia o xixi em maior quantidade e calcular esse tempo para levá-lo ao troninho novamente. Por exemplo, se a cada 1h e 30min ele fazia xixi, quando o horário se aproximava, a gente levava ele até o troninho e pedia pra ele tentar fazer.

Quando ele conseguia e fazia, pronto!! Era uma festa!! Batíamos palmas! Comemorávamos! Cantávamos parabéns! Ele sentia que tinha feito algo muito especial e que estávamos felizes (a verdade é que eu estava MUITO feliz mesmo). Quando ele se esquecia e fazia no chão, dizíamos: “Tudo bem, filho, na próxima você vai acertar! Foi sem querer! Você é esperto e vai se lembrar de ir ao troninho na próxima vez.”

Ah, também li que o ideal é deixar o penico sempre no banheiro para que a criança associe o lugar de fazer as suas necessidades. Mas confesso que eu andava com ele para onde íamos pela casa para que pudesse ter tempo de usá-lo.

A primeira semana foi T-E-N-S-A! Deu vontade de desistir e deixá-lo usando fraldas até os 10 anos! Hehehe! Sério, não foi fácil e parecia que por nada ele iria aprender a controlar os seus instintos. Mas de repente, eu tive a ideia de fazer a recompensa para cada acerto e sempre que ele se saia bem, além da festa, oferecíamos algo que ele gostava mas não tinha sempre: no nosso caso era um baleiro pra confetes de chocolate. Como ele nunca come isso, ficou alucinado pra tentar acertar porque sabia que ganharia 3 confetes ao final.

Caramba! Por aqui deu super certo o método da recompensa e ajudou a fluir mais naturalmente o processo. A segunda semana foi bem melhor que a primeira e eu já brincava em quanto estava o placar entre os acertos e os erros dele naquele dia (5 penico X 3 chão, por exemplo).

Já na terceira semana ele voltou pra creche e a mesma foi me auxiliando no processo, mesmo ele sendo o único na turma a começar o desfralde. Por vezes tínhamos umas cuecas sujinhas no mochila, mas não desistimos.

As idas até a rua no início eram cronometradas e sempre perguntávamos se ele queria ir ao banheiro (além do que, mentalmente eu já tinha planos A, B e C pra pensar aonde teria uma opção de banheiro próximo).

Desfralde noturno

             Li muitos relatos de mães que tendem a deixar as crianças com fraldas à noite até que o desfralde diurno esteja 100%. Com isso, acabam protelando para desfraldarem à noite pois é mais cansativo, visto que temos que acordar a criança no meio da madrugada para lembrá-la de ir ao banheiro.

No meu caso, investi no desfralde noturno quase simultaneamente com o diurno por uma razão muito simples: Theo desde bebê não fazia xixi enquanto dormia, sempre ao acordar. Notávamos que sua fraldinha sempre amanhecia sequinha de manhã. Com isso, sempre que ele acordava, levávamos logo ao troninho para que pudesse fazer o seu xixi e se habituasse ao ritual de urinar logo de manhã no penico. Por aqui, o desfralde noturno não foi um grande problema.

 

Em um próximo texto, conto pra vocês as dicas incríveis que recebi de muitas mamães para conseguir ter os planos reservas na hora de ir à rua com uma criança em processo de desfralde.

Espero que meu relato auxilie vocês, papais e mamães, nesta nova fase de seus filhos.

Beijos carinhosos,

Nana.