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8 coisas que eu disse que não faria quando fosse mãe

É, papais! Uma vez eu li uma frase que me fez pensar: “eu era uma ótima mãe até ter filhos”. E a verdade é esta aí. Quando não somos mães, temos teorias perfeitas que são facilmente aplicadas a criação de qualquer criança. Mas é só a gente colocá-los no mundo para vermos que muita coisa cai por terra.

Então resolvi relacionar 8 frases comuns que sempre escutei (algumas eu mesma dizia) de mulheres que não tinham sido mães, pra gente rir um bocadinho.

  1. “Não vou deixar meu filho ver televisão por muito tempo”

É verdade, segundo os pediatras, a exposição prolongada da tv, tablets, celulares não faz bem para a vista de crianças, em especial quando são bebês, mas vai me dizer que no momento que você precisa de paz de espírito, fazer uma comida ou simplesmente ir ao banheiro, a Galinha Pintadinha, Peppa Pig, Palavra Cantanda e afins não se tornaram grandes parceiros seus?

  1. “Todas as decisões serão previamente combinadas entre os pais”

Então, antes do bebê nascer os pais fazem quase um tratado sobre como agirão com o filho, mas na prática, a criança começa a gritar por algum motivo e é bem possível que cada um mude de opinião e fiquem tentando provar ao outro que a sua é a mais correta.

  1. “Não vou ceder ao choro do bebê”

Essa é classicona! A gente sabe que o bebê depois de uma idade já acha que sabe o que quer e através do choro “sofrido” e prolongado começa a forçar a barra para que realizemos o seu desejo. É claaaaro que eu não vou cair nas artimanhas dele, né? Então, espera você estar beeeem cansada, com fome, com sono, irritada pra ver se você não é capaz de fazer de tudo pra não ouvir nenhum chorinho…

  1. “Filho meu não fará escândalo na rua”

Verdade! Afinal, escândalo e cena só quem faz são os filhos dos outros… pobre ilusão. Espera até chegar a fase dos terrible two e a gente volta a conversar…

  1. “Não vou deixar ele dormir na minha cama”

Na teoria você está certa, ainda mais depois que a criança já está maior, afinal, ela deve aprender aonde é o lugar dela (o quartinho) e que este espaço é o dos pais. Mas algum dia, você inevitavelmente vai deixá-lo ficar na sua cama, seja para poupar o seu trabalho de levantar inúmeras vezes na madrugada para buscá-lo para amamentar, para consolar num choro da madrugada ou até mesmo porque dormir ao lado deles é I-R-R-E-S-I-ST-I-V-E-L-M-E-N-TE delicioso (e aquele cheirinho de leite??? Ahhhh!!!)

  1. “Não vou mudar a minha rotina por causa de filho”

O ideal é que a criança se adapte a rotina familiar e se reconheça como mais um membro dela, mas não se iluda, os primeiros dois anos serão muito intensos e você precisará se adaptar as necessidades do seu filho.

  1. “Não vou deixar de sair com os amigos”

No melhor dos mundos, os pais não deveriam se afastar dos amigos, nem deixar de frequentar os lugares de antes, maaaaaasss…. você verá que sair com amigos que não tem filhos começa a ser exercício de paciência enorme que consiste em: sair correndo atrás do filho, comer a comida fria, sair mais cedo dos lugares porque seu filho está dormindo, ter conversas pela metade. E vamos combinar que tem lugares que não combinam com crianças pequenas, né?

  1. “Meu filho não vai comer besteiras”

Não importa o maior dos seus esforços em fazer a melhor e mais completa das refeições para ele, porque um dia ele vai provar alguma besteirinha. Seja em um aniversário, seja com uma avó que oferece escondido da mãe aquele brigadeiro ou até mesmo um coleguinha que a mãe já deixa que ele coma mil bobagens oferecerá a ele.

 

E vocês? O que diziam que não fariam antes de serem pais?

Beijos carinhosos,

Nana.

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10 maneiras de criar o seu filho sem frescura

Durante a gestação, li muitos livros que tratavam sobre a maternidade e a criação de um bebê. Um deles foi o “50 maneiras de criar um bebê sem frescura” da Jenny Rosén (editora Panda Books). Como gostei muito das dicas deste livro, resolvi destacar 10 delas pras leitoras do Mãe Só Tem Uma.

Pra começar, acho válido entender que a ideia de criar um filho sem frescura nada se relaciona com abandoná-lo ou deixá-lo carente de cuidados. Sem frescura é muito mais um estado de espírito do que um estilo de vida. Significa cuidar, mas dando liberdade para que ele descubra o mundo ao seu lado.

  1. Relaxar mas não descuidar:

É complicado para os pais sabermos qual é a dose ideal de cuidado com a criança, para não sermos nem exagerados, nem omissos. Para isso, a intuição é a melhor aliada para cuidarmos da maneira mais natural possível. Reconheça suas limitações e analise o que pode melhorar.

Pais e mães que demonstram preocupações em excesso geram expectativa e ansiedades na criança. E ela sente que os pais não têm certeza do que estão fazendo, ou, então, que se baseiam apenas na autoridade, sem fundamentos.

  1. Sair da toca:

            Não existe uma data ou idade certa pra começar a sair com o bebezinho. Comece dando pequenas voltas pelo parque ou uma visitinha rápida na casa dos parentes. Quando for passear, você pode optar pelo carrinho, bebê conforto, canguru ou até o sling.

Manter o bebê em casa por muito tempo por receio, só fará com que ele demore a se acostumar com os passeios. Conforme eles vão crescendo, cada saída se torna muito prazerosa pra ele.

  1. Confiar na sua intuição:

            Todo o conhecimento de um pediatra é muito importantes para que os pais entendam o que acontece com os seus bebês, afinal, ele é a pessoa com quem nos sentimos seguros para saber sobre a saúde dos nossos filhos.

Entretanto, na prática do dia-a-dia, trocar fraldas, carregar no colo, posicionar pra amamentar, dar banho, são funções que nos deixam perdidos nas primeiras vezes e pensamos que não conseguiremos dar conta. Lembre-se: ninguém nasce sabendo! Reúna coragem, persistência e intuição para ficar craque nestas tarefas. Afinal, as fêmeas (humanas ou animais) foram programadas para cuidar das suas crias, e isto é instintivo.

  1. Estimular e interagir:

O desenvolvimento infantil normal e saudável ocorre aos poucos. Por isso, a apresentação de algo novo deve ser feito de forma alegre, amorosa e na medida certa para não permitir que as tensões da vida adulta e as competições dos tempos atuais entrem na vida infantil e produzam resultados avassaladores.

Os bebês adoram interagir, e isso já é um incentivo pros pais o estimularem. Treine o seu bebê a ver o espelho, a interagir com outras crianças. Ensine-o a beber em canudo e mude com frequência a cadeirinha de lugar para que ele possa observar o ambiente por outros ângulos.

  1. Vitamina S: criar anticorpos

            A famosa vitamina S (vitamina da sujeira), só faz bem às crianças e ajuda a desenvolver as defesas do organismo. A sujeira natural não faz mal aos pequenos. Quando digo sujeira natural, me refiro a qualquer resíduo que não seja tóxico ou artificial e que pode estar tanto no ar quanto no chão.

Portanto, se você reconhecer que seu filho não vive numa redoma de vidro, ponha-o no chão, mesmo que isso signifique uma troca de roupas ou um banho em seguida. Ficar em contato direto com o chão é um grande estímulo para o desenvolvimento motor do bebê.

  1. Ler: uma viagem dentro da sua casa

Com tantos artefatos eletrônicos, opções multimídias de ensino e de divertimento, os livros são cada vez menos requisitados nas horas de lazer pelo público infantil. As crianças ao observarem o hábito da leitura por seus pais, tendem a demonstrar alegria e entusiasmo nesta atividade. Vocês podem e devem comentar com os seus filhos o que estão lendo.

O mercado editorial hoje apresenta uma infinidade de livros para os diversos públicos. Desde livros de banho, pop-up, ilustrados, para colorir, com adesivos, enfim, é só estimular os pequenos a esse bom hábito. Que tal começar por um passeio na livraria?

  1. Tratar meninos e meninas da mesma forma

            Homens não choram ou lugar de mulher é na cozinha são chavões muito conhecidos e antiquados. Atualmente, é comum que os pais deem banhos nos filhos ou troque suas fraldas, e isso não afeta em nada a sua sexualidade. Por isso, deixe que o seu bebê brinque com aquilo que tem vontade, sem se importar se é de menino ou menina. Quanto mais brincadeiras ele conhece, mas estimula o seu desenvolvimento.

É importante que tratemos nossos filhos de maneira igual, respeitando suas vontades e deixando que eles brinquem com o que lhes interessar. Proibir pode ter o efeito contrário e levar a criança a superestimar aquele objeto, levando-a se vincular àquele brinquedo e a uma realidade diferente da sua.

  1. Ignorar chantagens e chiliques:

            A palavra “chilique” nos remete aos verdadeiros escândalos que algumas crianças fazem quando são contrariadas ou quando não conseguem aquilo que desejam e são mais frequentes antes dos três anos. Para isso, jogam-se no chão, choram gritando, batem nos pais – tudo isso pode acontecer em casa ou em qualquer lugar público.

O importante é nunca ceder às chantagens emocionais de uma criança e, principalmente, não fazer as suas vontades enquanto estiver tendo um ataque. Ao presenciar um chilique do seu filho, diga com firmeza que só vai falar após o fim da choradeira. Espere que ele fique tranquilo, ignorando-o. Depois, abaixe-se na altura da criança, olhe-a firmemente e pergunte o que ela quer, mesmo que ainda não saiba falar. Escute-a com atenção. Quando elas são pequenas, desvie sua atenção para outra coisa.

  1. Não obrigue o seu filho a comer sem vontade:

O horário da alimentação deve ser um prazer e não uma obrigação. A súbita perda de vontade por comida é normal na fase de transição de bebê-criança. A quantidade de alimentos ingeridos diminui de maneira drástica porque o crescimento também passa por variações. Desde que a criança esteja tomando líquidos normalmente, não existem grandes problemas se uma vez ou outra ela recusar uma refeição.

  1. Ser flexível:

Você provavelmente se lembra de como era gostoso, quando você era pequeno e tinha suas tardes livres para brincar sem preocupações? Certamente o seu filho pensa o mesmo. Deixe o seu filho livre, não o sobrecarregue com atividades que ele não queira fazer.

É compreensível que você queira proporcionar a ele tudo o que a sua condição permite ou que queira que ele tenha acesso a tudo o que você não pôde fazer, mas crianças com muitas atividades acabam ficando estressadas, agitadas, irritadiças e se cansando facilmente. Se perceber esses sintomas, diminua um pouco o ritmo.

           

Espero que gostem das dicas.

Beijos carinhosos,

Nana.

 

Fonte: ROSÉN, Jenny. 50 maneiras de criar um bebê sem frescura/ Jenny Rosén. – São Paulo: Panda Books, 2008. 200pp.