Qual foi a mãe que NUNCA perdeu a paciência em meio a uma crise do filho (ainda mais em torno dos 2 ou 3 anos)?
Qual foi a mãe que NUNCA sentiu vontade de desistir. Que NUNCA pensou nem por 1 segundo sequer aonde estava com a cabeça quando decidiu ser mãe?
Que jurou que NÃO teria nem mais um filho…
Educar não é nada fácil. Eu diria que tem sido uma das tarefas mais desafiadoras para mim. Demanda energia, paciência, paciência, mais paciência e estar bem centrada em si, porque quando já estamos estressadas, cansadas, cheia de problemas, basta uma atitude de desobediência para nos tirarmos do sério.
TODAS nós já nos sentimos culpadas em algum momento da maternidade (seja gravidez, quando o bebê nasceu, quando ele estava maiorzinho)…a gente vive permeada de culpa, parece que não podemos errar nenhuma vez. Mas somos humanas e erramos sim! Temos sentimentos, nos sentimos exaustas, tristes, sobrecarregadas, estressadas e estouramos de vez em quando. Com tanto que não seja diário, faz parte.
Quando erramos, não temos o que fazer para voltar atrás. O que foi feito, já está feito. Mas podemos recomeçar sempre. Então, analise sempre suas falas e ações e caso perceba algo de ruim, se auto analise e veja se pode melhorar. A verdade é que sempre podemos ser melhores (mães melhores, seres humanos melhores). Não se culpe, mas busque ajuda, se precisar.
Lendo sobre disciplina positiva, me deparei com algo interessante que faz todo sentido para mim: a gente só consegue abaixar na altura da criança, olhar nos olhos, conversar, explicar e educar de forma justa, quando estamos em nosso centro de equilíbrio. Não adianta que nervosa e cansada nada irá fluir.
Então uma dica que dou pois tem funcionado comigo é cuide de si, não só fisicamente, mentalmente, espiritualmente, pessoalmente, você precisa estar bem para educar seu filho e cair menos nessas “armadilhas” de gritar, bater, ameaçar. São reações violentas que só adiantam a curto prazo por medo, pois não ensinam nada de fato.
Como sentimos na pele diariamente é exaustivo educar, erramos sim, algumas vezes, mas não deixe a culpa te paralisar e te fazer sentir uma monstra. Todos temos dias piores e melhores. Claro que quando temos uma consciência maior dos nossos atos, a chance de repetirmos esses “erros” diminuem. Mas quando eles acontecerem você vai saber que está tentando fazer o seu melhor e amanhã será outro dia de recomeço.
Um abraço apertado,
Lilica.