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Expectativas Maternas

Existe fórmula para educar meu(minha) filho(a)?

Muitas amigas, conhecidas e até mesmo mães que nos escrevem através do blog, têm uma pergunta recorrente: como você educa seu filho? Quais teorias usa? Existe algum método específico? Por isso, resolvi escrever esse texto para esclarecer meu ponto de vista em relação a educação do Antonio e dividir com vocês minha forma de pensar e até enxergar a vida.

Desde antes de engravidar eu já pesquisava sobre parto, alimentação e educação, sempre tive uma simpatia muito grande com o método montessoriano, sempre quis dar uma boa alimentação ao meu filho, sem muito industrializados, gorduras trans, açúcar; sempre pensei em fazer diferente da forma que fui educada na década de 80, sem muita informação e reflexão sobre a infância e as necessidades da criança.

Pois bem, desde antes de gestar o Antonio eu sou uma ávida pesquisadora sobre métodos, técnicas e formas de educar crianças, já testei muita coisa com meu filho mas tenho chegado cada vez mais a conclusão de que nenhuma teoria é totalmente aplicável a nossos filhos, a nossa rotina, a peculiaridade de cada família.

Então, pesquiso, leio, estou sempre interessada em novos pensamentos sobre criação, alimentação, desfralde, escolarização mas tento encaixar o possível dentro da minha rotina, dentro da estrutura da minha família e da minha realidade (mãe solo). Não me frustro ou me cobro caso não consiga exatamente como desejava, afinal, não somos perfeitas, temos nossas limitações e nossos filhos nos indicam como são.

Troco sempre com a Nana (minha parceira do blog), com a minha irmã que também tem filha da idade do Antonio, amigas mães, a Tati (psicóloga do blog) para ouvir outros pensamentos, visões e posturas, mas nunca comparando filhos, me comparando como mãe, pois isso é a maior furada.

Adoro dar exemplos meu, para que fique bem claro o que estou escrevendo para vocês. Quando meu filho começou a introdução alimentar, eu li sobre o método BLW, achei interessante mas não consegui aplica-lo por completo. Eu ficava sozinha com ele, não tinha ajuda de ninguém, como administrar casa, cuidar de filho e de toda a sujeirada que esse método acaba gerando?

Então eu dava os pedaços das frutas mais durinhas, que ele conseguia segurar. E as refeições principais que eram sempre tensas e mais demoradas eu segui somente amassando os legumes em pedaços grandes. Foi o que eu consegui na época. Me culpo? De forma alguma, fiz o melhor que estava ao meu alcance naquele momento. Se algum dia eu tivesse o segundo filho com uma estrutura de vida diferente, talvez repensasse a forma de fazer com o mais novo, mas com o primeiro não rolou e tudo bem.

Eu tenho lido bastante sobre a educação positiva, tenho seguido perfis de mães e estudiosas sobre esse método e tenho me interessado. Algumas coisas já consegui aplicar aqui em casa e já me sinto uma vitoriosa mas ainda não consigo aplicar muitos pontos do método.

A gente busca informação, absorve o que tem certa concordância e aplica o que cabe dentro da nossa realidade. Esse é o mantra e tem dado certo. Nada melhor do que você, mãe, que conhece seu filho e enxerga suas limitações e segue suas intuições para saber até onde consegue chegar. O importante é você estar fazendo o melhor para o seu filho, tentando acertar sempre, mesmo caindo de vez em quando.

Bora botar a mão na massa?

Com carinho,

Lilica.

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Crianças (a partir de 2 anos)

Por que meu filho faz pirraça?

Visualize esta cena: Você está com seu filho em um ambiente público e ele começa a se jogar no chão, chorando, gritando simplesmente porque você não comprou determinada coisa para ele ou  sabe quando a criança se joga no chão, chora, grita, bate os pezinhos e atira os objetos longe?    Essa é a tão famosa BIRRA que faz a gente contar até mil e respirar fundo.

Já ouviu falar de “Terrible Two” ou Adolescência da Criança? Pois é isso! Este é um termo que foi criado para esta fase tão complicada da faixa etária de 1 ano e meio até cerca dos 4 anos de idade. Agora vamos lá! Chegou a hora de você compreender tudo o que acontece com os pequenos nessa fase que nos deixa de cabelo em pé.

Segundo Jean Piaget, teórico famoso da psicologia do desenvolvimento humano, as crianças começam o seu desenvolvimento desde seu nascimento e só o concluem quando atingem a fase adulta. Para isso, precisamos inicialmente compreender que o desenvolvimento humano se divide em 4 tipos.

1- Desenvolvimento Físico: refere-se únicamente a maturidade do corpo, como por exemplo, órgãos, sistema nervoso e atividades precisas do organismo humano como um todo, e que são responsáveis pelas habilidades de comer, sentar, engatinhar, ficar de pé, andar, pular ou correr. Habilidades estas que podemos citar como primitivas, pois são inerentes ao ser humano.

2- Desenvolvimento Social: quando a criança começa a interagir, a se fazer entender, a se comunicar e a trocar informações com os adultos ou outras crianças, possibilitando então o aprendizado de normas sociais, culturais e o convívio com outras pessoas.

3- Desenvolvimento Afetivo: é o desenvolvimento das emoções. Aqui a criança vai conhecendo sentimentos de amor, carinho, afeto, ciúmes, raiva, compaixão, entre outros. O ideal é que a criança sinta essas emoções desde o nascimento para que cresça saudavelmente e não tenha problemas afetivos no futuro.

4- Desenvolvimento Cognitivo: refere-se a capacidade do cérebro de receber informações, analisá-las e assimilá-las e por fim formar um conhecimento sobre o mundo. Isto tudo significa que todos esses processos como pensamento, raciocínio, memória, linguagem, atenção, resolução de problemas, entre outros, passam por maturação. O cérebro também precisa amadurecer e é daí que partimos para o entendimento de que a criança é imatura para compreensão das suas necessidades e não consegue, não sabe, não é capaz de controlar as suas emoções quando contrariadas ou frustradas.

Todos esses “desenvolvimentos” amadurecem conjuntamente conforme a criança vai crescendo, mas, vale afirmar que o desenvolvimento cognitivo junto com o afetivo, são os mais importantes para que possamos compreender o pensamento da criança durante a pirraça. Neste período, a criança vive em um mundo egocêntrico e imediatista, isso significa dizer que ela não compreende a necessidade do outro, ela só enxerga as suas necessidades e também não assimila o conceito espaço-tempo. Não podemos julgá-las por uma situação em que ela não tem capacidade de controlar, ela simplesmente não está pronta! O cérebro infantil não tem maturidade suficiente para entender as razões do mundo que a cerca.

Para que se compreenda melhor, podemos dizer que o cérebro ainda não faz as ligações corretas entre o emocional e o racional, eles estão em constante desequilíbrio nessa fase da vida. Na verdade, o cérebro ainda está aprendendo a fazer essas ligações. Junto a isso, soma-se outro agravante, que é a dificuldade de se comunicar. Uma criança até 4 anos, ainda está desenvolvendo a linguagem e por isso aprendendo a verbalizar o que sente. A dupla – pensamento/fala – não está desenvolvida o suficiente a ponto de se fazer entender, e, é por isso, que a criança tem dificuldade de externar seus sentimentos. Dentro de todo este quadro de imaturidade, onde nada está formado e funcionando perfeitamente, é como se de vez em quando o cérebro entrasse em curto, e esse curto é a pirraça, a birra que a gente tanto sofre quando acontece.

É importante ressaltar que esse amadurecimento leva um tempo e somos peças fundamentais para que ele ocorra, ou seja, somos responsáveis pelo amadurecimento e educação dos nossos pequenos, e, por isso, temos que ter uma dose extra de paciência durante essa fase. Não pense que só é difícil para vc. Para a criança também é, pois o tempo todo ela não se controla, não se compreende, passando por períodos cansativos de explosão que ela não consegue administrar, e é na hora de explosão que o adulto precisa fazer com que a criança entre em equilíbrio. E esse é fundamental para que a criança se desenvolva e amadureça todos os seus esquemas mentais.

Ok! Já entendemos que a criança não está pronta. Então, o que devemos fazer? Como agir? Qual o papel do adulto nisso tudo?

No momento da crise, somente o emocional está agindo, muitas vezes a criança não consegue nem falar e muito menos vai escutar o que você tem a dizer a ela. A primeira coisa a se fazer é acalmar a criança, fazer com que ela saia do choro e da raiva. Para isso, use outras armas, acesse outras áreas do cérebro para que tudo entre nos eixos novamente, assim a criança vai se acalmar, para depois vocês conversarem e, se necessário, repreendê-la pelo o que fez.

Vejamos algumas dicas.

– Chame a atenção da criança para outras atividades, comece a brincar, a correr, mostre algo que ela goste e chame atenção dela. Geralmente atividades físicas dão uma resposta rápida, intensa e positiva, pois transforma toda a reação química do cérebro, o que significa que provavelmente a criança ficará de bom humor rapidamente.

Diga que você a compreende, que sabe o quanto é difícil para ela entender tal situação.

Não a ignore, pois ela vai demorar mais para sair da crise, e provavelmente vai voltar a fazer outras vezes. Quando o adulto ignora a criança, ele está deixando de ajudar no seu desenvolvimento, ao mesmo tempo, a criança pode assimilar em seu inconsciente que aquele adulto não se importa com ela, não tem afeto por ela.  A tendência neste caso é a criança querer chamar mais atenção, e aí vem mais pirraça, mais crises descontroladas.

– Ao invés de brigar, colocar de castigo, gritar, bater, responder com rispidez, faça com que a criança se sinta acolhida. Este ainda não é o momento de repreendê-la. Agora o importante é trazer a criança a si novamente. Mostre a ela que você a compreende, dê um abraço, (Terapia do Abraço) traga emoções positivas ao invés de reforçar as negativas. Claro que isso não é tão simples e nem sempre é eficaz. Mas vale tentar!

Eu sei que não é fácil, na verdade é muito tenso e não é como uma receita de bolo que se seguirmos fielmente dará certo, afinal, cada indivíduo é único e tem suas particularidades. Acalmar uma criança a beira de um colapso nervoso não é uma tarefa simples. Mas, seja paciente! Ainda temos uma segunda etapa.

Depois que a crise passar, que você perceber que a criança está calma e consegue assimilar o que você tem a dizer, mostre a ela que o que ela fez não foi correto, repreendendo-a. Agora é a hora de você mostrar o quanto ela errou por agir de tal forma. Faça com que a criança reflita sobre as suas atitudes.

Fale firme, com respeito e autoridade, mas não grite. Gritar só potencializará o estresse da criança e ela não vai identificar que está errada, afinal, você está fazendo a mesma coisa que ela.

Comece a conversar, estimule o diálogo.

Pergunte o que ela sentiu ou está sentindo. Nomeie os sentimentos juntos com ela. Você esta com raiva? Você está triste? Isso ajuda a você e a criança a compreenderem o motivo da birra e ainda estimula o desenvolvimento da linguagem da criança e a verbalização dos seus sentimentos.

Sempre explique o porquê. Faça explicações simples, mas nunca deixe sem uma explicação. “Não pode colocar o dedo na tomada porque vai machucar”, “ não pode tomar sorvete porque está na hora do almoço ou porque vai ficar resfriado” “não pode comprar tal brinquedo porque você já tem muitos outros.” Explicações como essas são simples e nem sempre verdadeiras, mas o importante é que a criança identifica um motivo que ela consegue compreender.

Não faça ameaças que você não irá cumprir, do tipo, “eu vou embora e não volto mais” isso só deixará a criança insegura e com medo, o que pode piorar a situação.

Não faça chantagens semelhantes a essa, “dou um pirulito se você parar de gritar”. Com esta atitude, ao invés de fazer com que a criança compreenda que errou, você estará ensinando a ela que com a pirraça ela consegue outras coisas. Isso é um erro grave na educação de uma criança, pois existe uma grande chance dela internalizar esse conceito de que só fará alguma coisa se levar alguma vantagem.

Diga que você a compreende, que sabe o quanto é difícil para ela entender tal situação e que estará ali para ajudar caso ela precise. Por exemplo, “Eu sei que você está chateado, mas eu não quero que você grite desse jeito, isso não é legal, eu vou pra sala e quando você estiver mais calmo conversamos”. Se for necessário, dê um tempo sozinho para criança, mas mostrando a ela que você esta está por perto, observe-a de longe sem que ela perceba sua presença, às vezes elas se acalmam melhor, e rapidamente voltam ao bom humor.

LEMBRE-SE! Você é o adulto e precisa sempre agir com a razão. Você é o responsável pelo desenvolvimento dessa criança e precisa fazer com que ela não só saia da crise de raiva, estresse e choro, mas também precisa educá-la fazendo com que ela perceba o quanto está errada agindo assim.

O fato de se compreender o que acontece com a criança nesta fase crítica, não significa que daremos uma educação permissiva a ela. A criança precisa de limites e sempre deve ser repreendida e corrigida quando faz algo incorreto e fora dos padrões aceitáveis de convivência e educação. É mostrando a ela o certo e o errado e dando-lhe limites que essa criança vai desenvolver, vai se educar, e assim vai conseguindo entender o mundo ao seu redor, criando as noções de certo e errado.

A criança está constantemente em aprendizagem. É uma aprendizagem contínua, um desenvolvimento desenfreado 24 horas por dia e é importante que esses limites sejam impostos as crianças desde cedo, é assim que ela aprende a viver em sociedade, em nosso mundo. É assim que ela se adapta à realidade ao seu redor, aprendendo a se virar sozinha, a resolver seus problemas e a superar as dificuldades. O papel do adulto neste processo é orientar a criança, conduzí-la ao desenvolvimento no objetivo de educá-la. As crianças são responsabilidades nossas. Estamos criando um futuro adulto.

 

Deixo aqui meus afagos pedagógicos aos leitores!

Bianca Santiago

Pedagoga e recém-mãe!

 

 

Fonte de pesquisa:

https://catraquinha.catracalivre.com.br/geral/cuidar/indicacao/como-a-ciencia-explica-a-birra-infantil/

https://super.abril.com.br/comportamento/a-ciencia-contra-a-birra/

https://minutosaudavel.com.br/desenvolvimento-infantil/

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671979000300251

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Expectativas Maternas

7 comportamentos nocivos que os pais fazem sem pensar

           Quando nascem, os filhos não vêm (infelizmente) com um manual de instruções embaixo do braço nos ensinando a como sermos os melhores pais para eles. E de fato, muitas vezes acabamos tendo comportamentos nocivos que acabam repercutindo negativamente em seu desenvolvimento.
            Nós, pais, sempre tentamos educar da melhor maneira que sabemos ou podemos fazer. Mas temos sempre que ficar atentos a algumas atitudes que reproduzimos todo o tempo, só que não nos damos conta de que não são positivas. 
            Ainda que não acreditemos, apenas boas intenções não são suficientes. É importante que sejamos autocríticos e saibamos identificar todos esses comportamentos tóxicos que podem afetar os nossos filhos. Em especial a sua auto-estima e acabar gerando problemas no futuro.
            Nem sempre a culpa dos pais é consciente ao gerar esses problemas. Nós acabamos reproduzindo tudo o que já vivenciamos em nossas experiências anteriores, como nossos pais fizeram conosco.
            A seguir, listamos 7 comportamentos nocivos que você pode estar cometendo. E atenção: se você estiver tendo algumas das atitudes, não as negue. Tente se melhorar, afinal será muito importante para a criação do seu filho. 
 
1. Ser super crítico:
 
            Muitas vezes não somos capazes de identificar como somos críticos com  os nossos filhos. É importante mostrar seus erros, porque isto auxilia na mudança e para que a criança se dê conta de onde está errando. Entretanto, atenção para as críticas excessivas que não fazem bem nenhum. Ser crítico demais pode provocar inseguranças em seus filhos e fará com que eles mesmos desconfiem de suas próprias capacidades e habilidades. 
 
2. Castigar as emoções negativas:
            
            Costumamos diferenciar as emoções entre negativas e positivas. Só que algumas emoções negativas são, na verdade, positivas. Por exemplo, o medo. Ele pode salvar a nossa vida em diferentes ocasiões, ao não tomar atitudes perigosas, por exemplo. É por isso que devemos permitir que nossos filhos expressem suas emoções, que chorem, demonstrem tristeza e qu, se sentirem medo, digam. Reprimir nunca será bom, porque cedo ou tarde, toda essa repressão terá de sair de alguma maneira. 
 
3. Decidir por eles: 
            
            As crianças são crianças, mas isso não significam que não tenham nem voz, nem voto. É claro que algumas decisões devem ter a intervenção dos pais, mas outras não são tão necessárias. 
            Permita, de vez em quando, que seus filhos aprendam a tomar decisões. Assim, vocês incentivarão a sensação de segurança e não incitarão o oposto. 
 
4. Incentivar o medo:
            As crianças devem viver em um ambiente seguro e confiante, nunca em um espaço onde sintam que o medo os espreita a todo tempo. É preciso que eles possam cometer erros, explorar e começar a experimentar a vida. 
            Se eles sentirem medo todo o tempo, se tornarão pessoas inseguras e que não confiam nem em si mesmas. É importante que não estimulemos esse sentimento, porque viver com medo não é bom para ninguém. 
            
5. Eles não tem culpa:
            
            Às vezes, os pais descarregam suas frustrações nos filhos, fazendo com que eles se sintam culpados de que coisas que não são responsáveis. Isto pode gerar problema no futuro, pois podem interiorizar uma culpa que não é deles. Isto é bem comum, por exemplo, em caso de separações em que um dos pais sempre diz ao filho que ele foi o responsável pelo fim do relacionamento do casal. Pura maldade!
 
6. O amor não tem condições: 
 
            Outro erro comum que os pais comentem é gerar “condições” para o amor que sentem pelos filhos. Dizer algo como: “eu não vou te amar mais se você continuar com tal atitude” ou “você falhou, não amo mais você”, só servirá pra reforçar que o amor depende apenas de conquistas e comportamentos positivos que seus filhos tenham. 
            Isso só gerará que eles não se sintam merecedores de amor e carregarão esse peso para sempre em suas costas. 
 
7. Não dar limites: 
            
            Isso pode acontecer quando temos mais de um filho ou simplesmente não temos a intenção de colocar limites. Isto é um erro. As crianças precisam de limites  que lhes permita estar a salvo desse mundo que estão descubrindo ainda.  
            Dar limites é positivo (e cansativo!), pois sem eles podemos gerar adultos que acreditam poderem fazer de tudo e desenvolverem comportamentos negativos no futuro, tornando-se pessoas indesejáveis. 
 
            Caso vocês tenham se identificado em algum dos exemplos listados, é importante que tomem consciência de suas ações e tentem modificá-las e evitar repetí-las. Afinal, estamos formando pessoas que terão que se relacionar e viver neste mundo e estimular esses comportamentos nocivos, apenas dificultarão a sua criação e seu futuro. 
Nana.
 
Publicado originalmente em www.mejorconsalud.com. Tradução e adaptação livres: Mãe Só Tem Uma. 
Os direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610. A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte. 
 
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8 coisas que eu disse que não faria quando fosse mãe

É, papais! Uma vez eu li uma frase que me fez pensar: “eu era uma ótima mãe até ter filhos”. E a verdade é esta aí. Quando não somos mães, temos teorias perfeitas que são facilmente aplicadas a criação de qualquer criança. Mas é só a gente colocá-los no mundo para vermos que muita coisa cai por terra.

Então resolvi relacionar 8 frases comuns que sempre escutei (algumas eu mesma dizia) de mulheres que não tinham sido mães, pra gente rir um bocadinho.

  1. “Não vou deixar meu filho ver televisão por muito tempo”

É verdade, segundo os pediatras, a exposição prolongada da tv, tablets, celulares não faz bem para a vista de crianças, em especial quando são bebês, mas vai me dizer que no momento que você precisa de paz de espírito, fazer uma comida ou simplesmente ir ao banheiro, a Galinha Pintadinha, Peppa Pig, Palavra Cantanda e afins não se tornaram grandes parceiros seus?

  1. “Todas as decisões serão previamente combinadas entre os pais”

Então, antes do bebê nascer os pais fazem quase um tratado sobre como agirão com o filho, mas na prática, a criança começa a gritar por algum motivo e é bem possível que cada um mude de opinião e fiquem tentando provar ao outro que a sua é a mais correta.

  1. “Não vou ceder ao choro do bebê”

Essa é classicona! A gente sabe que o bebê depois de uma idade já acha que sabe o que quer e através do choro “sofrido” e prolongado começa a forçar a barra para que realizemos o seu desejo. É claaaaro que eu não vou cair nas artimanhas dele, né? Então, espera você estar beeeem cansada, com fome, com sono, irritada pra ver se você não é capaz de fazer de tudo pra não ouvir nenhum chorinho…

  1. “Filho meu não fará escândalo na rua”

Verdade! Afinal, escândalo e cena só quem faz são os filhos dos outros… pobre ilusão. Espera até chegar a fase dos terrible two e a gente volta a conversar…

  1. “Não vou deixar ele dormir na minha cama”

Na teoria você está certa, ainda mais depois que a criança já está maior, afinal, ela deve aprender aonde é o lugar dela (o quartinho) e que este espaço é o dos pais. Mas algum dia, você inevitavelmente vai deixá-lo ficar na sua cama, seja para poupar o seu trabalho de levantar inúmeras vezes na madrugada para buscá-lo para amamentar, para consolar num choro da madrugada ou até mesmo porque dormir ao lado deles é I-R-R-E-S-I-ST-I-V-E-L-M-E-N-TE delicioso (e aquele cheirinho de leite??? Ahhhh!!!)

  1. “Não vou mudar a minha rotina por causa de filho”

O ideal é que a criança se adapte a rotina familiar e se reconheça como mais um membro dela, mas não se iluda, os primeiros dois anos serão muito intensos e você precisará se adaptar as necessidades do seu filho.

  1. “Não vou deixar de sair com os amigos”

No melhor dos mundos, os pais não deveriam se afastar dos amigos, nem deixar de frequentar os lugares de antes, maaaaaasss…. você verá que sair com amigos que não tem filhos começa a ser exercício de paciência enorme que consiste em: sair correndo atrás do filho, comer a comida fria, sair mais cedo dos lugares porque seu filho está dormindo, ter conversas pela metade. E vamos combinar que tem lugares que não combinam com crianças pequenas, né?

  1. “Meu filho não vai comer besteiras”

Não importa o maior dos seus esforços em fazer a melhor e mais completa das refeições para ele, porque um dia ele vai provar alguma besteirinha. Seja em um aniversário, seja com uma avó que oferece escondido da mãe aquele brigadeiro ou até mesmo um coleguinha que a mãe já deixa que ele coma mil bobagens oferecerá a ele.

 

E vocês? O que diziam que não fariam antes de serem pais?

Beijos carinhosos,

Nana.

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Carta para a mãe da criança que faz escândalo no shopping

Querida mamãe,

eu sei que você está envergonhada. Eu posso ver no seu olhar o quanto você tenta evitar esses gritos e escândalos que o seu filho faz enquanto se joga no chão. Vejo como está vermelha e tem lágrimas nos olhos. Mas sabe, também notei nas suas roupas e nos seus cabelos bagunçados e que, provavelmente, faz algum tempo que não os consegue lavar. Eu quero te dizer algo, não te julgo, de coração.

Eu realmente não acho que você deveria estar fazendo algo diferente para acalmar o seu filho. E também não me pergunto por que motivo então você o trouxe ao shopping se ele não sabe se comportar, nem mesmo por que não teria contratado uma babá para que te auxiliasse a cuidar dele enquanto você resolveria as suas tarefas. Sabe, também não me passa na cabeça a razão de você não ter conseguido controlar a criança porque entendo que filhos não são robôs, eles são pessoas. E pessoas que podem perder o juízo na frente de qualquer um.

Tenha certeza que nunca me perguntei por que você não é um Jedi que com a força do pensamento é capaz de acabar com a birra do seu filho. Claro que não, afinal, nem eu, nem você temos esse poder.

No fundo eu entendo que as coisas não são tão fáceis assim pra que seu filho pare de fazer o que está fazendo só porque você é a mãe e por isso, deve respeito.

Quer saber o que eu REALMENTE estou pensando?

Na verdade, eu me pergunto há quanto tempo você não dorme uma noite inteira, aliás, você conseguiu dormir bem nos últimos 2 anos? Eu imagino que você, como eu, ainda tem dificuldades de fazer com que o seu filho durma direto sem acordar de madrugada. E se você já não utilizou todas as estratégias possíveis para isso.

Será que o seu filho não é do tipo que acorda no meio da noite pedindo pra ver desenho ou pra comer? E aí você acaba cedendo (porque já está tão exausta) e vê que ele nem liga pra comida e termina comendo o que ele deixou só pra evitar o desperdício.

Ao olhar pra você e seu filho, penso quando foi que conseguiu fazer uma refeição completa sem ter que colocar uma criança no seu colo ou ver aquela mãozinha provando tudo o que está no seu prato. Eu penso até se o seu café da manhã não foi apenas o que ele não comeu e um café já requentado.

E mais, ainda me questiono se só por sair de casa, você já se alegra, ainda que isso signifique que seu filho te pedirá todas os brinquedos que vir, que vai tentar arrancar os sapatos no carro ou pedir pra fazer xixi trocentas vezes ou até mesmo ficará emburrado no carrinho do mercado, se você tiver ido fazer compras.

A verdade é que ao ver você tirando seu filho do chão enquanto ele faz um escândalo, grita e se joga para trás, eu me pergunto se não estaria na hora do soninho dele e que, você, da mesma forma que eu, está tentando fazer tudo bem rapidinho, só pra conseguir voltar pra casa logo. E eu bem sei que você não gostaria que ele dormisse na cadeirinha do carro na volta, mas sabe que será inevitável. E assim, no lugar de uma hora de paz e silêncio, terá uma “incrível” tarde de drama, choros e lágrimas…

Eu imagino que, bem como eu, você também não se surpreendeu sobre como a maternidade é difícil, mas que mesmo assim não seria capaz de trocá-la por nada desse mundo. Imagino também, que você e eu amamos demais os nossos filhos, mais do que as palavras podem dizer e que ainda assim, faria exatamente tudo de novo. É óbvio que pularia a parte das birras, dos chiliques, dos ataques de raiva…

Mas no fundo, no fundo, eu só queria saber se você está bem agora que já pegou seu filho no colo e o levou com você. Como já passei por isso, só espero que o seu dia fique melhor. Afinal, nem toda mãe é capaz de te reprovar.

Acredite que muita mãe entende o que você está passando.

Com amor,

outra mamãe.

 

Publicado originalmente em www.stuffmomssay.com.  Tradução e adaptação livres: Mãe Só Tem Uma. Os direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610. A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte.

 

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10 maneiras de criar o seu filho sem frescura

Durante a gestação, li muitos livros que tratavam sobre a maternidade e a criação de um bebê. Um deles foi o “50 maneiras de criar um bebê sem frescura” da Jenny Rosén (editora Panda Books). Como gostei muito das dicas deste livro, resolvi destacar 10 delas pras leitoras do Mãe Só Tem Uma.

Pra começar, acho válido entender que a ideia de criar um filho sem frescura nada se relaciona com abandoná-lo ou deixá-lo carente de cuidados. Sem frescura é muito mais um estado de espírito do que um estilo de vida. Significa cuidar, mas dando liberdade para que ele descubra o mundo ao seu lado.

  1. Relaxar mas não descuidar:

É complicado para os pais sabermos qual é a dose ideal de cuidado com a criança, para não sermos nem exagerados, nem omissos. Para isso, a intuição é a melhor aliada para cuidarmos da maneira mais natural possível. Reconheça suas limitações e analise o que pode melhorar.

Pais e mães que demonstram preocupações em excesso geram expectativa e ansiedades na criança. E ela sente que os pais não têm certeza do que estão fazendo, ou, então, que se baseiam apenas na autoridade, sem fundamentos.

  1. Sair da toca:

            Não existe uma data ou idade certa pra começar a sair com o bebezinho. Comece dando pequenas voltas pelo parque ou uma visitinha rápida na casa dos parentes. Quando for passear, você pode optar pelo carrinho, bebê conforto, canguru ou até o sling.

Manter o bebê em casa por muito tempo por receio, só fará com que ele demore a se acostumar com os passeios. Conforme eles vão crescendo, cada saída se torna muito prazerosa pra ele.

  1. Confiar na sua intuição:

            Todo o conhecimento de um pediatra é muito importantes para que os pais entendam o que acontece com os seus bebês, afinal, ele é a pessoa com quem nos sentimos seguros para saber sobre a saúde dos nossos filhos.

Entretanto, na prática do dia-a-dia, trocar fraldas, carregar no colo, posicionar pra amamentar, dar banho, são funções que nos deixam perdidos nas primeiras vezes e pensamos que não conseguiremos dar conta. Lembre-se: ninguém nasce sabendo! Reúna coragem, persistência e intuição para ficar craque nestas tarefas. Afinal, as fêmeas (humanas ou animais) foram programadas para cuidar das suas crias, e isto é instintivo.

  1. Estimular e interagir:

O desenvolvimento infantil normal e saudável ocorre aos poucos. Por isso, a apresentação de algo novo deve ser feito de forma alegre, amorosa e na medida certa para não permitir que as tensões da vida adulta e as competições dos tempos atuais entrem na vida infantil e produzam resultados avassaladores.

Os bebês adoram interagir, e isso já é um incentivo pros pais o estimularem. Treine o seu bebê a ver o espelho, a interagir com outras crianças. Ensine-o a beber em canudo e mude com frequência a cadeirinha de lugar para que ele possa observar o ambiente por outros ângulos.

  1. Vitamina S: criar anticorpos

            A famosa vitamina S (vitamina da sujeira), só faz bem às crianças e ajuda a desenvolver as defesas do organismo. A sujeira natural não faz mal aos pequenos. Quando digo sujeira natural, me refiro a qualquer resíduo que não seja tóxico ou artificial e que pode estar tanto no ar quanto no chão.

Portanto, se você reconhecer que seu filho não vive numa redoma de vidro, ponha-o no chão, mesmo que isso signifique uma troca de roupas ou um banho em seguida. Ficar em contato direto com o chão é um grande estímulo para o desenvolvimento motor do bebê.

  1. Ler: uma viagem dentro da sua casa

Com tantos artefatos eletrônicos, opções multimídias de ensino e de divertimento, os livros são cada vez menos requisitados nas horas de lazer pelo público infantil. As crianças ao observarem o hábito da leitura por seus pais, tendem a demonstrar alegria e entusiasmo nesta atividade. Vocês podem e devem comentar com os seus filhos o que estão lendo.

O mercado editorial hoje apresenta uma infinidade de livros para os diversos públicos. Desde livros de banho, pop-up, ilustrados, para colorir, com adesivos, enfim, é só estimular os pequenos a esse bom hábito. Que tal começar por um passeio na livraria?

  1. Tratar meninos e meninas da mesma forma

            Homens não choram ou lugar de mulher é na cozinha são chavões muito conhecidos e antiquados. Atualmente, é comum que os pais deem banhos nos filhos ou troque suas fraldas, e isso não afeta em nada a sua sexualidade. Por isso, deixe que o seu bebê brinque com aquilo que tem vontade, sem se importar se é de menino ou menina. Quanto mais brincadeiras ele conhece, mas estimula o seu desenvolvimento.

É importante que tratemos nossos filhos de maneira igual, respeitando suas vontades e deixando que eles brinquem com o que lhes interessar. Proibir pode ter o efeito contrário e levar a criança a superestimar aquele objeto, levando-a se vincular àquele brinquedo e a uma realidade diferente da sua.

  1. Ignorar chantagens e chiliques:

            A palavra “chilique” nos remete aos verdadeiros escândalos que algumas crianças fazem quando são contrariadas ou quando não conseguem aquilo que desejam e são mais frequentes antes dos três anos. Para isso, jogam-se no chão, choram gritando, batem nos pais – tudo isso pode acontecer em casa ou em qualquer lugar público.

O importante é nunca ceder às chantagens emocionais de uma criança e, principalmente, não fazer as suas vontades enquanto estiver tendo um ataque. Ao presenciar um chilique do seu filho, diga com firmeza que só vai falar após o fim da choradeira. Espere que ele fique tranquilo, ignorando-o. Depois, abaixe-se na altura da criança, olhe-a firmemente e pergunte o que ela quer, mesmo que ainda não saiba falar. Escute-a com atenção. Quando elas são pequenas, desvie sua atenção para outra coisa.

  1. Não obrigue o seu filho a comer sem vontade:

O horário da alimentação deve ser um prazer e não uma obrigação. A súbita perda de vontade por comida é normal na fase de transição de bebê-criança. A quantidade de alimentos ingeridos diminui de maneira drástica porque o crescimento também passa por variações. Desde que a criança esteja tomando líquidos normalmente, não existem grandes problemas se uma vez ou outra ela recusar uma refeição.

  1. Ser flexível:

Você provavelmente se lembra de como era gostoso, quando você era pequeno e tinha suas tardes livres para brincar sem preocupações? Certamente o seu filho pensa o mesmo. Deixe o seu filho livre, não o sobrecarregue com atividades que ele não queira fazer.

É compreensível que você queira proporcionar a ele tudo o que a sua condição permite ou que queira que ele tenha acesso a tudo o que você não pôde fazer, mas crianças com muitas atividades acabam ficando estressadas, agitadas, irritadiças e se cansando facilmente. Se perceber esses sintomas, diminua um pouco o ritmo.

           

Espero que gostem das dicas.

Beijos carinhosos,

Nana.

 

Fonte: ROSÉN, Jenny. 50 maneiras de criar um bebê sem frescura/ Jenny Rosén. – São Paulo: Panda Books, 2008. 200pp.

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Expectativas Maternas

“Meu filho não para quieto!”

Quantas vezes ao longo de um dia você já disse isso?

“Mamãe e papai, vocês se lembram o que sentiam por mim quando eu era um bebê?

Mamãe, se lembra o que você sentia quando a sua barriga não parava de mexer e era eu que estava lá dentro? Se lembra da nossa conexão?

Papai, e você? Se lembra da emoção que era colocar a mão na barriga da mamãe e sentir os meus movimentos?

Você se lembra, mãezinha, quando eu estava na sua barriga e você parava de me sentir mexendo? Você ficava tão nervosa e preocupada nessas horas

porque tinha a sensação de que algo de errado estava acontecendo.

Se lembra de tudo isso? Se lembra mesmo?

E agora? Ainda quer que eu fique quieto?”

O que mudou em você para que peça ao seu filho (esteja ele com 4 meses ou 5 anos) para que fique o tempo todo quieto, que pare de se mexer, que fique parado ao seu lado, que não mexa nisso ou naquilo?

Ele ainda é uma criança, se move, joga coisas, faz barulhos, pula, chora, reclama e pede atenção. Ele é uma criança. Não é um adulto. NÓS é que somos os adultos. E se pensarmos bem, nós também gritamos, jogamos as coisas, fazemos barulho e pedimos constantemente atenção, até mais do que eles. Nós nos comportamos muitas vezes iguais a eles. Entretanto, eles não se queixam de nós, seus pais. Mas, nós, ao contrário, passamos o dia nos queixando do pouco caso que nos dão e de como os nossos filhos se comportam mal. Ainda são crianças.

Seria muito melhor para a nossa relação, se conseguíssemos recuperar essa sensação de adoração que sentíamos por nossos filhos quando ainda eram uns bebezinhos. Ficávamos olhando para eles, abobalhados e ao lado deles, nos derretíamos.

Você sente falta desta sensação, não é?

Que tal fazermos uma viagem ao futuro? Vem comigo?

Imagine-se ao lado do seu filho nos próximos 20 ou 30 anos, quando ele for um adulto. O que você acha que pensará quando puxar da sua memória as recordações dele quando ainda era só uma criança?

Será somente aí que talvez se dê conta do pouco que você aproveitou a infância dele porque estava preocupado em ter tudo sob controle, pra que ele não se mexesse tanto, que se comportasse bem, para que fizesse todos os deveres, passasse de ano…

A gente demora a acreditar no tempo em que perdemos dando mais importância para as coisas que nos desagradam do que observar que, provavelmente, isso seja normal e de acordo com a idade deles.

Quer ver? Por acaso, já se deu conta da quantidade de vezes que reclamamos com nossos filhos por coisas que na verdade nem são tão importantes e as poucas vezes que nos sentamos com eles para brincar sem nada que distraia a atenção? Ou de quantas vezes os abraçamos ou sorrimos juntos? E quantas vezes você disse a eles que os ama? Ou quando foi a última vez que os admiramos com o mesmo afeto e ternura de quando eram bebezinhos? Eles ainda precisam de nós!

Quem sabe, quando a gente parar de reclamar tanto e aproveitarmos mais para ver o lado bom disso, as coisas melhoram?

As crianças são crianças porque ainda devem ser. Se na idade em que podem ser crianças e quiserem fazer as coisas próprias a sua idade, mas não puderem, quando poderão então? Aos 30 anos?

A gente sabe que o ritmo de vida atual é complicado para termos uma paciência infinita, passarmos o dia inteiro brincando e rindo com eles quando temos mil coisas para resolver e outras tantas preocupações. Mas é importante fazê-lo, estar com eles, aproveitar. Se não o fizermos, teremos filhos estátuas e continuaremos estimulando os conflitos entre pais e filhos, porque serão crianças que lutam com vontade para serem terem infância e adultos que cada vez mais estão esgotados.

Ser pais, entre muitas outras coisas, também é ser companheiros de seus filhos. Sim, companheiros. Pensamos que por sermos pais, devemos sempre ter uma carta na manga ou ter o controle absoluto de tudo, quando de fato somos exatamente iguais aos nossos filhos.

Ou vai dizer que nós, adultos, não nos aborrecemos, não choramos, não temos ataques de chilique, não nos descontrolamos e gritamos quando estamos entre amigos, não quebramos as coisas, não nos distraímos e esquecemos nossas chaves também? Claro que sim!

Se os nossos filhos nos dissessem todas as coisas que fazemos de errado ao longo do dia, não sei qual de nós teria mais coisas a dizer para quem.

Temos que entender que estamos todos no mesmo barco e que não somos superiores a eles, pois cometemos os mesmos erros ou até piores. Porque, no final das contas, as crianças ainda desfrutam dessa inocência que nós adultos já perdemos há anos.

Para conseguir esta conexão sobre a qual falamos no início, é importante entender esse princípio de igualdade. Eles aprendem como crianças a serem adultos e nós, como adultos, a sermos pais. Os dois estão aprendendo. E mais, não somente ensinamos a eles (nós como pais) mas eles como filhos nos ensinam também.

Existe algo mais lindo do que aprender com os nossos filhos?

Dê a chance de viver o processo da maternidade/paternidade enquanto você também o aproveita. Dê importância apenas ao que for importante. Ponha na balança e analise com o que realmente vale a pena se desgastar.

No dia que em eles estiverem quietos, quando se comportarem bem, quando você não ouvir mais os seus pulos e gritos, eles serão adultos e já não estarão mais com você. Aproveite o agora!

 

Traduzido e adaptado de http://criarenpositivo.es/mi-hijo-no-para-quieto-un-minuto/

Nana