“É preciso uma aldeia inteira para criar uma criança”, diz o provérbio antigo.
Essa frase está em alta, sendo resgatada por educadoras e pais quando pensam a criação de seus filhos, pois percebemos que em um mundo cada vez mais urbano, mais individualista, com famílias menores, os pais, principalmente as mães, estão cada vez mais sozinhas, com pouco apoio.
Como dar conta de tantas demandas do mundo moderno e ainda gerar, criar e educar filhos?
As mulheres atuais estudam, trabalham fora de casa (e dentro), viajam, tem outras funções além da maternidade. E mesmo que viva só para criar filhos, é um árduo trabalho que deveria ser dividido com mais pessoas da família, parentes, vizinhos, amigos. Antigamente as sociedades se configuravam dessa forma, um casal tinha filhos e a responsabilidade de auxiliar na educação eram de todos da família, não somente os genitores, mas viemos perdendo isso ao passo que os núcleos familiares estão cada vez mais ficando menores.
Estamos falando da rede de apoio. Uma rede que irá auxiliar uma família a criar seus filhos. Irá auxiliar porque tem laços, porque está disponível, porque entende que uma mão lava a outra e em algum momento a hora dessa mulher que ajuda pode chegar e ela terá com quem contar também.
Mas a descrição acima fica no mundo da imaginação quando comparamos com a realidade atual. É difícil ter rede de apoio na atualidade. Muitas vezes os parentes moram distantes, a mulher de licença maternidade fica isolada, não dá conta de tudo sozinha, não tem muitas pessoas que pode pedir auxílio.
Quando temos condições financeiras pagamos pessoas que irão nos ajudar com nossos filhos, mas quando não temos, a sobrecarga é inevitável. Mas nenhuma pessoa tem condições humanas de cuidar de uma criança sozinha e dar conta de todo o resto (cuidar da casa, lavar, cozinhar, limpar). A demanda cresce cada vez mais. A volta da mulher ao mercado de trabalho, seus anseios, planos.
Quando parimos, precisamos de apoio físico, emocional, braçal, alguém que chegue na nossa casa lavando a louça para nos ajudar, alguém que chegue com comida para nos alimentar, precisamos de um ombro amigo para nos escutar. Alguém que fique com o bebê por 30 minutos para a mãe descansar um pouco, tomar um banho ou fazer uma refeição quente sem ser interrompida.
Precisamos criar uma rede de apoio mesmo que ela não exista naturalmente. Amigas, recém mães, parentes, familiares, babá, vizinhos, todas essas pessoas podem na auxiliar e nos ajudar…. Não podemos carregar esse fardo sozinha que é criar filhos em um mundo cada vez mais individualista, mais egoísta, onde cada um olha para suas demandas e vive isolado, angustiado, sozinho.
Se pensarmos que cada um pode fazer um pouco pelo outro e principalmente pelas mães que não tem apoio, o mundo seria um pouco menos frio e mais gentil. Empatia é uma palavra que está na moda e resume bem a ideia que trouxemos para cá hoje.
E vc, teve rede de apoio? É a rede de apoio de alguém?
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